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PAÍS

Sindem defende as suas posições autónomas em reuniões com grupos parlamentares do PS e PCP

(do nosso correspondente do Sindem)

Integrado numa delegação de várias ORTs do Metropolitano (STTM, FECTRANS, SITRA e CT), o Sindem – Sindicato da Manutenção do Metropolitano – aproveitou a oportunidade para exprimir aos representantes dos grupos parlamentares do PS e do PCP, com quem aquela delegação se reuniu recentemente, as suas posições a respeito da política terrorista do governo para este sector e a reacção que entende dever ser assumida pelos trabalhadores e pelo movimento sindical.

Assim, na reunião havida com o grupo parlamentar do PS, a direcção do Sindem começou por questionar o deputado socialista interlocutor nestes termos:
1. O Senhor deputado sabe que um dos responsáveis pela situação em que nos encontramos é o PS, nomeadamente pelo facto de durante cerca de 10 anos – o tempo que levou a ampliação das estações do Metro – não ter havido aumentos do preço dos bilhetes, como forma de compensar os utentes, e os preços não terem assim acompanhado a inflação , obrigando as empresas a empenharem-se junto da banca a juros altíssimos, quando devia ter sido o governo a financiar o Metro?
2. Se o governo conseguir privatizar as empresas dos transportes, os senhores, caso venham a ser governo, vão voltar atrás?
3. Se forem governo, o que pensam fazer sobre os cortes salariais?


Finalmente, a direcção do Sindem exprimiu a sua oposição à fusão Metro/Carris, por, entre outras razões, o Metropolitano ser o único transporte com capacidade autónoma e margem de crescimento para outros concelhos, não podendo ser agora colocada na situação de ter de andar a rebocar a outra empresa, defendendo ainda a necessidade de se criar uma plataforma do Metro para a área metropolitana de Lisboa, nacionalizada ou, no mínimo, municipalizada.

Quanto às perguntas dirigidas ao deputado do PS, ficaram sem resposta, embrulhadas numa evasiva própria de quem não pensa mesmo levantar-se a sério contra a política deste governo.

Já no que respeita à reunião com o representante do grupo parlamentar do PCP, o Sindem fez questão de reafirmar de forma mais explícita a sua posição sobre o momento presente e o futuro de uma empresa como o Metropolitano:
Somos contra a fusão Metro/Carris – o Metro é o único transporte que tem capacidade autónoma, é
uma empresa que ainda pode crescer e não podemos andar a rebocar a outra empresa. Temos potencial
para crescer, a nossa empresa é florescente. A construção do Metro tem um custo inicial maior mas seu
custo é rebatido no tempo, e como transporte subterrâneo não causa transtornos de trafego.

De acordo com que se encontra já divulgado no site do Sindem, este sindicato defendeu ainda as seguintes posições relativamente às alternativas políticas que se colocam aos trabalhadores.

Com um governo de esquerda parlamentar não vamos lá. Não tem uma base de apoio forte. Não vamos discutir as palavras de ordem dos partidos, mas há uma diferença entre governo de esquerda
democrática e um governo democrático patriótico. A base de apoio é diferente, mais ampla, para criar
um movimento popular, com uma unidade forte, com todas as forças democráticas patrióticas, partidos,
movimentos cívicos e sociais, plataformas, na base de um programa democrático patriótico, com todos
os que estão contra a contra-revolução.

O PS é um partido de esquerda? As bases sim e alguns dirigentes também, mas é uma questão interna
do PS, não nos devemos intrometer no funcionamento dos partidos, nem forçá-los a mudar, não 
resulta!

Um ano e tal depois é que aceitaram a questão da palavra de ordem do derrube do governo e no dia 15
de Setembro o povo veio para a rua e esteve quase a dar o click. Os Srs. não tinham essa palavra de
ordem, mas os sindicatos independentes tinham.
Não pagamos uma dívida que não é nossa nem foi contraída em nosso benefício! Devemos exigir no
mínimo a suspensão imediata do pagamento da dívida!

A constituição está a ser revista na prática, paulatinamente dia após dia, já não existe segurança social,
empresas públicas, educação, saúde, etc…

Discutirmos o Metropolitano é importante e é também por isso que estamos cá, mas a questão central
é, como já afirmámos, que a principal emergência do país será mesmo o derrube do Governo de traição
nacional PSD/CDS, e a constituição de um governo democrático patriótico.


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