CampanhaFundos202206

IBAN PT50003502020003702663054   NIB 003502020003702663054

PAÍS

Trabalhadores da Thyssenkrupp Elevadores, S.A. em Greve

2014-10-28-thyssen-02Os trabalhadores da multinacional ThyssenKrupp Elevadores, com sede em Massamá, completaram hoje o segundo dia de greve parcial às duas primeiras horas de trabalho (entre as 09H00 e as 11H00).

Tendo paralisado no mesmo período no passado dia 22 deste mês e voltando à greve no próximo dia 30 deste mês, com duração igual e em idêntico período, os cerca de 500 trabalhadores, na esmagadora maioria operários de manutenção e reparação de elevadores e escadas rolantes, estão em luta por melhores condições de trabalho e contra as manobras de perseguição e repressão por parte dos lacaios da administração.

A exemplo do que sucedeu no primeiro dia de greve, a adesão esperada pelos dirigentes sindicais da empresa é elevada, com maior incidência na delegação do Porto, onde mais se fazem sentir os efeitos da política de redução de pessoal para o mesmo ou maior volume de trabalho, impondo, assim, ritmos de trabalho e de exploração intoleráveis.

Os objectivos da greve relacionam-se, como se disse, com as condições de trabalho: contra a falta de meios humanos e técnicos para a realização das tarefas de assistência técnica – falta essa que aumentou significativa e perigosamente o stress e o risco de acidentes e doenças profissionais, reduzindo também as condições de segurança dos próprios utentes; pelo regresso do Sistema de Técnicos de Rota na assistência técnica – até há pouco tempo, a Rota de assistência técnica era realizada por um técnico que efectuava a manutenção e procedia logo às reparações e substituição de peças que se impusessem, sendo-lhe distribuído um certo número de elevadores para esse efeito; agora, a administração separou a execução dessas operações, restringindo-as apenas às tarefas de manutenção, mas duplicando o número de elevadores atribuídos ao mesmo técnico; pela retirada imediata de equipamentos pidescos de vigilância à distância instalados nas viaturas de serviço.

A política da administração lacaia dos alemães tem sido a de, por um lado, reduzir o pessoal e aumentar por cada operário o número de equipamentos a prestar assistência e manutenção e, por outro, exigir simultaneamente aos trabalhadores, no mesmo espaço de tempo, um elevado padrão de qualidade e rigor.

De acordo com elementos fornecidos pelos delegados sindicais com quem o Luta Popular Online falou, uma comissão constituída pelo próprio patrão para acompanhar uma equipa de assistência pôde verificar que, mesmo sob pressão, só era possível – dentro do horário de trabalho – respeitar todos os parâmetros legais da manutenção a um número não superior a 6 elevadores, quando a administração exigia que esse número fosse de 9.

Importa referir que os trabalhadores desta multinacional estiveram em greve às horas extraordinárias durante dois anos, tendo conseguido que o patronato acabasse por ceder no pagamento das horas suplementares para os trabalhadores de piquete nos termos do Acordo Colectivo de Trabalho, bem como a reposição de 24 dias de férias.

A ThyssenKrupp Elevadores, S.A iniciou a sua actividade em Portugal em 1989, ainda que inicialmente sob outra denominação, passando a ter a actual denominação após a fusão, em Março de 1999, das grandes multinacionais alemães Fried Krupp AG Hoesch-Krupp e Thyssen AG que deram origem ao Grupo ThyssenKrupp, AG, Grupo este que explora 157.000 trabalhadores em mais de 80 países, tendo em resultado dessa exploração facturado 39.000 milhões de euros no exercício de 2012/2013.

A determinação e unidade demonstradas em lutas anteriores levarão seguramente os operários da Thyssen a obter novas vitórias, sendo certo que estarão sempre ameaçados por sucessivas investidas do patrão germânico, enquanto não contribuírem para derrubar este governo de traição nacional.





Partilhar

Adicionar comentário


Código de segurança
Actualizar

Está em... Home País MOVIMENTO OPERÁRIO E SINDICAL Trabalhadores da Thyssenkrupp Elevadores, S.A. em Greve