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Emigrantes em Antuérpia (Bélgica) - Em rota de colisão com o governo de traição nacional PSD/CDS

emigrantes 01Ao mesmo tempo que convida os jovens licenciados, os desempregados, os “deserdados da sorte”, a procurarem melhores oportunidades de vida e de trabalho na emigração, engrossando a diáspora, este governo de traição nacional encerra consulados e embaixadas um pouco por todo o mundo, deixando os trabalhadores portugueses emigrantes e suas famílias sem qualquer apoio.

É o caso dos portugueses que vivem na região de Antuérpia, na Bélgica, que, segundo o ainda Conselheiro das Comunidades Portuguesas, Pedro Rupio, vêm sendo sistematicamente abandonados pelo Estado português.

Particularmente os que residem fora de Bruxelas onde, denuncia Pedro Rupio em carta endereçada ao Secretário de Estado das Comunidades Portugueses, se acabou com a rede de ensino da língua portuguesa nas regiões da Valónia e da Flandres, e se encerrou “o mais antigo consulado de Portugal do mundo (de Antuérpia)” que fechou precisamente “num momento em que a emigração está a aumentar”.

O abandono e a discriminação são tais que se tornou “normal”, ainda segundo Pedro Rupio, “assistir ao fim da transmissão da RTPI em toda a região de Antuérpia, impedindo os nossos compatriotas de manter uma ligação importantíssima com a língua e cultura portuguesas”.

Esta situação leva a que muitos dos trabalhadores portugueses residentes nesta região manifestem a sua preocupação, “sobretudo por considerarem que os filhos estão a perder uma ferramenta primordial para a manutenção do sentimento de pertença ao país de que tanto se orgulham”, considerando que os sucessivos “cortes” e “reestruturações” levados a cabo pelo traidor Portas afastam as crianças luso-descendentes cada vez mais do país onde nasceram os seus progenitores, Portugal, isto é, levam a que os seus filhos, netos e bisnetos se vejam completamente impossibilitados de aprender a língua portuguesa, a língua de seus pais e de seus avós.

A justificação para esta política de abandono é sempre a mesma, “economicista”. No caso vertente, o que o Ministério dos Negócios Estrangeiros, e o seu ministro serventuário dos interesses da tróica germano-imperialista invoca, é que os custos para assegurar um consulado que representa “apenas” 20% da comunidade portuguesa na Bélgica, não se justificam. Isto é, apesar de serem atirados para a emigração, também na diáspora os trabalhadores portugueses são obrigados pelo governo de traição nacional PSD/CDS, a pagar uma dívida que não contraíram, nem dela beneficiaram. 

É que, o dinheiro que saiu dos muitos emolumentos e taxas que suportam os emigrantes e dos impostos saqueados aos seus compatriotas que permaneceram no país, está a ser desviado para alimentar o “negócio da dívida”, um negócio que interessa aos grandes grupos financeiros e bancários, sobretudo germânicos, que ensacam fabulosos lucros à custa dos juros faraónicos que cobram, mas esgota os recursos humanos, financeiros e económicos do povo português e de Portugal.

As associações de emigrantes portugueses na Bélgica e, particularmente, as que possam existir na região de Antuérpia, devem protestar vivamente contra esta situação e organizarem-se para, se não houver por parte do governo de traição Coelho/Portas, uma resposta adequada às suas pretensões de verem reposta a manutenção, mas também o alargamento do número de escolas com ensino da língua portuguesa, a “normalização” das emissões da RTPI na região e a reabertura do consulado naquela importante cidade belga, à semelhança do que outros compatriotas seus, a residir noutros países europeus já fizeram, ameaçar cortar com as remessas de dinheiro para Portugal.

É preciso, também, que os trabalhadores emigrantes na região de Antuérpia saibam que contam com a solidariedade e o apoio do povo português, quer em Portugal, quer dos emigrantes portugueses que se encontram noutros países. A obrigação de difundir a língua portuguesa no estrangeiro, sobretudo nos países de forte emigração nacional e a obrigação de manter embaixadas e consulados que assegurem a sua defesa, é uma obrigação dos governos de Portugal e não será o actual governo de vende-pátrias que eliminará aquela patriótica obrigação.


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