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Para as crianças poderem viver, é urgente derrubar a tróica e o seu governo de lacaios

Em menos de um ano, ocorreram em Portugal cinco casos de infanticídio praticado pelas próprias mães, vitimando nove crianças com idades compreendidas entre um e treze anos. Com excepção de um desses casos, as mães suicidaram-se em simultâneo. O último destes trágicos acontecimentos teve lugar no passado sábado, 9 de Fevereiro, em Bragança. Uma senhora de 47 anos, Manuela Paçó, professora, com residência em Vinhais e colocada numa escola a quase duzentos quilómetros de distância, a viver uma grave crise de depressão, atirou-se da janela de um hotel com o seu filho de doze anos, Martim, que sofria de autismo.

Estes casos dramáticos configuram uma situação de pandemia social que tem de ser urgentemente debelada. Ela é o resultado de uma política criminosa e assassina executada pelo governo PSD/CDS a mando da tróica alemã. Essa política priva de condições mínimas de vida e de trabalho milhões de pessoas do povo trabalhador, que são consideradas excedentárias na perspectiva capitalista e imperialista do que deve ser um adequado funcionamento do Estado e da economia.

O que Manuela Paçó fez da sua vida e da de seu filho Martim, ou o que Eliana Sanches (também professora) fez, há três semanas, da sua vida e da dos seus dois filhos, David e Rúben, é aquilo que o grupo de bandidos que hoje dirige a economia e o país entendem que, desta ou de outra forma, deve ser feito. Para essa quadrilha de malfeitores, quem lhes prejudica os negócios e os privilégios deve desaparecer. O conselho do bandido-mor, Passos Coelho, para que os portugueses emigrem é apenas uma metáfora para justificar as piores “soluções finais”, à maneira nazi.

Martim, André, Rúben e as demais crianças, morreram porque, aos olhos dos governantes, banqueiros e grandes capitalistas, representam a parte mais fraca de um povo que é preciso reduzir à miséria, massacrar e assassinar. Manuela Paçó, Eliana Sanches e as outras mães que liquidaram e, no actual estado de coisas, continuarão a liquidar os seus filhos e a si próprias, são aquelas que, nas palavras do banqueiro Ulrich, são culpadas por não “aguentar” os sofrimentos e as desgraças que a parasitagem ulrichiana lhes impõe.

Um povo que luta contra a exploração, a opressão e a injustiça é um povo capaz de suportar todos os sacrifícios que sejam necessários para alcançar os objectivos dessa luta. Aguentar isoladamente e em silêncio as prepotências, os roubos e as patifarias, significa promover a auto-destruição desejada pelos exploradores e inimigos do povo. É preciso escolher a primeira das soluções alternativas, a da luta, da organização e da unidade para derrubar esses inimigos.

As crianças são, juntamente com os idosos, os sectores mais vulneráveis às actuais políticas de genocídio social prosseguidas pelo governo Coelho/Portas, com o apoio do presidente Cavaco Silva e a cumplicidade do PS de Seguro. Nós, comunistas, conhecemos e propagandeamos desde sempre a ideia de que, para os trabalhadores poderem viver, o capitalismo tem de morrer. Na situação presente, na catástrofe em que o país e a sua população trabalhadora se encontram, aquela máxima tem um seu corolário nesta outra que os dramas atrás descritos claramente definem: hoje, em Portugal, para as crianças poderem viver, a tróica e o seu governo de lacaios têm de morrer. Que ninguém se furte a assumir este dever democrático e patriótico! O povo vencerá!


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