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PAÍS

O povo não aguenta, não!

2012-10-13-manif 01O caso do BPI a que hoje a “comunicação Social” deu destaque, é bem paradigmático de como as “dívidas soberanas” têm constituido um excelente negócio para os grandes grupos financeiros e bancários, sobretudo alemães, e de como a banca privada portuguesa, que os serve, arrecada para os bolsos dos seus accionistas parte do saque que estes, através do seu governo de serventuários Coelho e Portas, efectuam sobre os nossos recursos e atirando para a fome e a miséria, para o desemprego e a precarieade, milhões de trabalhadores e elementos do povo.

É absolutamente necessário evidenciar que o resultado dos lucros que o BPI registou em 2012, num montante de cerca de 250 milhões de euros – depois de ter experimentado prejuízos de cerca de 285 milhões de euros em 2011 – se deve, única e exclusivamente, ao facto de os trabalhadores e o povo português terem sido forçados a caucionar empréstimos contraídos por este governo de serventuários da tróica germano-imperialista, e de uma das principais tranches se destinar, precisamente, a salvar a banca privada à custa de sucessivos cortes nas “prestações sociais”, aumentos inauditos de impostos directos e indirectos – que configuram um autentico genocídio fiscal -, do agravamento sem paralelo na história do desemprego e da precariedade.

Este é um dinheiro manchado com o sangue, o suor e as lágrimas de todo um povo. Adquirido com taxas de juro de 0,5 a 1% à tróica, através do aval do estado (isto é, com o aval forçado do povo) e depois revendido ao estado, às empresas e particulares com taxas de 5 e 6% ! Sem espinhas! Assim, o Ulrich aguenta. O povo é que não!

O arrogante Ulrich dá-se ao luxo de, provocatóriamente, anunciar que o banco a que preside tem no horizonte a intenção de antecipar o reembolso ao “estado português” de 200 milhões dos 1500 milhões de euros, 1300 milhões dos quais através das 'CoCos' e os restantes 200 milhões garantidos pelos acionistas no âmbito de um aumento de capital previsto pelo “plano de recapitlização” da banca que subscreveu, escamoteando que o recurso a esse plano se deveu ao facto de toda a banca privada portuguesa ter optado, no passado recente, por distribuir dividendos entre os seus acionistas em vez de acautelar os aprovisionamentos de capital necessários a essa recapitalização. Na nossa memória persiste a distribuição de dividendos pelos accionistas deste banco privado, no valor de 335,1 milhões de euros, em 2007.

Mas, a confirmar que esta gente só tem em mente o sacrossanto lucro, a receita que este personagem e a direcção do BPI a que preside aplicou, foi um autêntico “espelho” do que o governo que os seus interesses defende aplicou ao povo português: desemprego e miséria! Encerrando 12 balcões e lançando no desemprego 258 trabalhadores.

É por isso que um dos objectivos inscritos na luta dos trabalhadores pelo derrube deste governo de traição e pela constituição de um governo democrático patriótico é o do efectivo controlo da banca, de forma a que ela seja um instrumento ao serviço de um novo modelo económico e político ao serviço do povo e de quem trabalha.


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