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PAÍS

Um Governo Democrático Patriótico revogará a ratificação por Portugal do Tratado Orçamental Europeu

mural 01A 1 de Janeiro deste ano, entrou em vigor o “tratado orçamental europeu” que permite ao directório europeu, ao serviço dos interesses imperialistas da fuhrer do IV Reich, Angela Merkel, deter todo o poder sobre as políticas orçamentais e económicas dos países que, em 2009, assinaram o Tratado de Lisboa e caucionaram a aplicação do dito Tratado, mesmo que sem para tal estivessem legitimados pelos respectivos povos para o fazer (fugiram, aliás, da reivindicação que muitos democratas e patriotas faziam de que se realizassem referendos nacionais para que os povos se pudessem pronunciar sobre a perda de soberania que tal Tratado implicava).

O governo e o parlamento português, com a aprovação do PSD, CDS e PS, foram dos primeiros a sancionar este instrumento de dominação imperialista sobre Portugal e o povo português. Quando se afirma, portanto, que Coelho e Portas são traidores ao serviço da tróica germano-imperialista, ou que Seguro afina pelo mesmo diapasão, não é de uma figura de estilo que se trata. É de uma realidade insofismável. A de que, já neste OE para 2013, quem escreveu as linhas com que ele se tece não foi o Gaspar nem, muito menos, o Coelho.

A esses cabe, isso sim, a tarefa de serem uma espécie de “relações públicas” e tradutores da Comissão Europeia, dourando a pílula da exploração que implicam a “contenção orçamental”, a “redução do deficit” , o roubo dos salários e do trabalho (que colocam Portugal na condição da “Malásia” da Europa), a completa destruição do nosso tecido produtivo, a transferência, a preços de saldo – via privatizações – do que sobrou dos nossos activos e empresas estratégicas. Porque, de facto, tudo passou a ser decidido em Berlim, anunciado em Bruxelas e executado pela equipa de serventuários Coelho/Portas – com o incondicional apoio de Cavaco – em Lisboa.

Com base no “Tratado Orçamental Europeu”, será assim o directório das grandes potências europeias, com a Alemanha à cabeça, que decidirá, também em Portugal, quais os cortes e respectivos montantes que deve haver nas “prestações sociais”, qual o nível de acesso à saúde e à educação a que os trabalhadores e o povo poderão ter direito, quais os montantes das subvenções para a cultura ou os montantes das pensões a atribuir a reformados e pensionistas, qual o salário mínimo, qual o esforço a que o povo tem de ser sujeito, através de impostos, para financiar o sistema bancário, que aumentos serão decretados para serviços essenciais para o povo como a água, a luz, o gás, as telecomunicações, etc.

O único caminho a trilhar para reconquistar a soberania que sucessivos governos do PS e do PSD, por vezes acolitados pelo CDS, e caucionados nos últimos anos por Cavaco Silva, venderam por 30 moedas, a única saída para os trabalhadores, os jovens, os intelectuais, os pequenos e médios empresários atirados para a falência ou em vias disso, é o derrube do governo PSD/CDS, do seu avalista Cavaco e a expulsão da tróica germano-imperialista.

Só este caminho poderá levar à constituição de um Governo Democrático Patriótico que, para além da suspensão do pagamento da dívida e de preparar o nosso país para a eventualidade da saída do euro, leve a cabo um programa económico, com investimentos criteriosos, ao serviço dos trabalhadores e do povo, aproveitando a nossa posição geoestratégica única e recuperando o nosso tecido produtivo. Um governo que leve a nossa economia a assentar no princípio de contar com as nossas próprias forças e de levar a que as relações de Portugal com outros países passe a basear-se no pressuposto do respeito e das vantagens mútuas e não, como acontece no presente, a ver-se obrigado a ajoelhar perante os invasores.


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