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PAÍS

Correspondendo ao convite de Passos Coelho à emigração - Os novos negreiros recrutam directamente no nosso País

placa portugalTodos se lembrarão que há umas semanas atrás Gaspar Dixit afirmava na conferência de imprensa onde dava conta do genocídio fiscal a que correspondem as medidas contidas na Lei do Orçamento de Estado para 2013, que se sentia na obrigação para com Portugal de retribuir com o seu trabalho e esforço o dinheiro que o país tinha desembolsado com a sua “dispendiosa” educação.

Escamoteando que o acesso à educação pública decorre de um contrato há muito imposto pelas lutas dos trabalhadores aos governos da burguesia, contrato que estipula que uma parte dos impostos que lhe são cobrados, sem apelo nem agravo, numa espiral de crescimento cada vez maior, se destinam a assegurar essa educação aos seus filhos, mas, também, o acesso à saúde, a prestações sociais do mais variado teor – desde subsídios de maternidade, a desemprego, a baixas médicas, auxílio a familiares, invalidez, entre muitos outros -, tenta deitar areia para os olhos do povo ao fazer passar a ideia de que o estado, o governo, pratica um acto de generosidade ou favor ao assegurar a existência de escolas, acesso à educação e excelência pedagógica e científica do ensino.

Num contexto em que os serventuários Coelho e Portas, acolitados por Cavaco, mas não só, se prestam a implementar e garantir que os ditames da tróica germano-imperialista são aplicados no nosso país, à custa de quem trabalha, de forma a que os fabulosos lucros que ensaca para o pagamento de uma dívida ilegítima, ilegal e odiosa, que não foi contraída pelo povo, nem foi contraída para seu benefício, seja paga sem sobressalto de maior, e que os activos e empresas estratégicas sejam vendidos a preços de saldo, um outro e tão mais importante activo está a ser vendido por este novos negreiros.

É por isso que assistimos, a par de uma estonteante sucessão de acções de recrutamento – neste fim-de-semana decorreu, por exemplo, a Feira de Emprego na Saúde, em Lisboa – por parte de grandes empresas internacionais especializadas para tal, que procuram assediar trabalhadores, sobretudo jovens e com formação média e superior, para vários países da Europa dita desenvolvida e rica, a “custos de contexto” (leia-se, salários) mais baixos, a um novo êxodo de trabalhadores portugueses que as medidas terroristas e fascistas que este governo está a impor lançou para o desemprego, aconselhando como solução que…emigrassem!

A euforia é tal que, também neste fim-de-semana, uma das maiores companhias da aviação mundial – a QATAR Airlines – conseguiu atrair a um hotel da capital centenas de candidatos masculinos e femininos – dando-lhes rigorosas instruções de como deveriam ir vestidos – que procuram no distante médio oriente um “eldorado” que os faça sair do pesadelo do desemprego, da precariedade e do genocídio fiscal a que estão sujeitos no seu próprio país.

A necessidade de derrubar este governo de traição torna-se, pois, cada vez mais premente. Não só para que um novo governo, democrático patriótico, assegure que, no mínimo, se procederá à suspensão do pagamento da dívida e do serviço da dívida, como garanta que prepara o país para a eventual necessidade de sair do euro.

Um governo disposto a implementar um novo paradigma de economia, que passa pelo controlo da banca, pela nacionalização de todos os activos e empresas estratégicas e pela reconstrução do nosso tecido produtivo. Mas, também e sobretudo, que garanta que esta “sangria” de emigração de recursos humanos, fundamentais para construir e desenvolver as bases e fundamentos de uma economia ao serviço dos trabalhadores e controlada por eles seja, seja não só estancada, como revertida.


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