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PAÍS

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA AMADORA
O PS e o Bloco Central Contra os Moradores de Santa Filomena
Publicado em 27.03.2015 

santa filomena 01

Num ambiente de grande revolta provocada pela recente ofensiva da câmara do PS contra os moradores do bairro de Santa Filomena, realizou-se ontem, dia 26 de Março, a Assembleia Municipal deste concelho.

Ainda antes do início da sessão, no largo em frente ao edifício da câmara houve uma concentração de moradores dos bairros mais atingidos pelas demolições ilegais, com a presença de vários activistas da luta contra essas demolições, contra o racismo e pelos direitos cívicos dos bairros pobres.

No curto período de 30 minutos reservado às intervenções dos munícipes, usaram da palavra alguns moradores de Santa Filomena e do Bairro 6 de Maio, vítimas da prepotência terrorista da câmara do PS, e alguns activistas que têm acompanhado a luta contra as demolições.

Todos eles denunciaram a acção totalmente ilegal e abusiva da câmara que, à boa maneira fascista peculiar do governo de traição nacional PSD/CDS, teve de recorrer à polícia municipal e de intervenção como tropa de choque contra os moradores.

Foram apresentados testemunhos indignados de várias situações de grande brutalidade na intervenção violenta dos esbirros da polícia, impedindo os donos das casas de as defenderem e salvaguardarem os seus bens, trucidados pelas retroescavadoras.

Duas das pessoas que intervieram tinham sido vítimas recentes dessas demolições. Uma jovem mãe de dois filhos menores relatou emocionada como foi obrigada a viver na rua depois da sua casa, onde viveu com seus pais, ter sido demolida.

Estes relatos do mais ignóbil desprezo da câmara pelos direitos mais básicos destes cidadãos geraram na assembleia uma onda de solidariedade por parte do público presente que se manifestou democraticamente com fortes aplausos, deixando em pânico o democrata presidente da assembleia Joaquim Raposo que resolveu mesmo, imitando a sua colega da assembleia da República, suspender autoritariamente a assembleia.

No reinício dos trabalhos, falou a presidente da câmara, Carla Tavares, que teve a lata de defender que as demolições se integravam na execução do Plano Especial de Realojamento (PER) mas a câmara não assumia a responsabilidade de realojar os despejados.

Dada a demagogia e a insensibilidade demonstradas pela presidente, no fim da sua intervenção grande parte dos presentes abandonou a sala como forma de protesto.

É que esta senhora sabe bem – como sabem também os restantes partidos do poder – PSD e CDS – que agora lhe dão toda a cobertura que aquele plano, datado de 1993, não pode ser aplicado 22 anos depois, como se os agregados familiares e restantes moradores desse ano permanecessem sem alterações.

Mas para a câmara da Amadora uma coisa se manteve inalterada ao longo de todos estes anos – nunca deixou de receber o IMI da parte dos que agora lança impiedosamente para a rua.


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