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PAÍS

Jovem Operário Assassinado pela PSP em Setúbal

2015-02-25-setubal01Na madrugada do passado dia 19 de Fevereiro, em Setúbal, quando regressava pacatamente a casa, o jovem Nuno Jorge Pires foi provocatória e injustificadamente interpelado por uma brigada de energúmenos da PSP perto da estação da CP daquela cidade e, de seguida, brutal e cobardemente agredido com murros e golpes de bastão na cabeça.

Depois desta selvática agressão, os assassinos abandonaram a vítima.

Nuno Pires ainda tentou chegar a casa, mas desfaleceu no caminho, tendo sido transportado moribundo ao Hospital de Setúbal por uma ambulância do INEM que casualmente ali passara naquela madrugada.

Posteriormente transferido para o Hospital Garcia de Orta, acabaria por falecer no passado domingo dia 22, em consequência do profundo traumatismo craniano provocado pelo golpe assassino e cobarde dos esbirros da polícia.

O funeral realizou-se na passada terça-feira, dia 24.

De acordo com o testemunho ao Luta Popular Online, Anabela Rodrigues, trabalhadora de balcão no Café Casa do Manel, frequentado pelo jovem Nuno Pires, o cadáver mostrava ainda um largo hematoma num dos olhos e uma longa sutura no crânio no local do golpe assassino desferido pela polícia.

Nuno Pires era um jovem operário soldador, de 35 anos, com trabalho incerto numa empresa subempreiteira da Setenave, pessoa bem humorada e brincalhona, de comportamento irrepreensível e muito estimada pela vizinhança (onde era conhecido por Abelhinha, como nos mencionou a proprietária de um outro estabelecimento situado no próprio prédio onde habitava o jovem assassinado).

Em declarações ao nosso jornal, o Senhor Manuel Cruz, proprietário do acima referido Café Casa do Manel, Nuno Pires tinha estado neste café até às 22H00 da véspera do crime da PSP, tendo-se retirado para casa com uns amigos.

Foi daqui que saiu para acompanhar uma das amigas à sua residência, sendo no regresso vítima da barbárie policial.

Este miserável crime da PSP gerou uma forte indignação e revolta, não apenas na vizinhança, como junto dos amigos de Nuno Pires, muitos deles ainda em estado de choque.

A frequência com que se sucedem as agressões e crimes por parte da PSP mostra que esta polícia se tornou num corpo de agressão feroz e de violência terrorista dos cidadãos, em particular, contra os trabalhadores e todos os que não se deixam vergar às provocações policiais.

Esta actuação inteiramente fascista, consentânea com a política de fome, de miséria e de liquidação dos mais elementares direitos dos trabalhadores praticada pelo governo de traição nacional PSD/CDS, visa exclusivamente intimidar os trabalhadores e, ao mesmo tempo, exercitar a repressão da revolta do povo que inevitavelmente surgirá contra a ditadura e a feroz exploração que se reforçou e se intensifica com este governo.

Impõe-se neste caso – em que a PSP vai tentar aproveitar-se da aparente inexistência de testemunhas oculares - que a Ordem dos Advogados e a sua Comissão dos Direitos Humanos acompanhem de perto a investigação e o inquérito de modo a impedir a impunidade dos assassinos do Nuno Pires, uma vez que com este Ministério Público não há qualquer garantia de ver presos e castigados os verdadeiros criminosos.





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