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PAÍS

Costa e Seguro: Dois Aldrabões a Concurso

Realizou-se ontem à noite, na TVI, o primeiro debate público televisivo entre António Costa e António José Seguro, os dois dirigentes do PS que participam na palhaçada anticonstitucional da escolha do candidato a primeiro-ministro nas próximas eleições legislativas, eleições que, como toda a gente sabe, se destinam a eleger o parlamento da República e não o primeiro-ministro ou o governo.

A discussão entre Costa e Seguro foi absolutamente confrangedora, agravada ainda mais pelo facto de que a interlocutora de ambos não conseguia iludir a sua parcialidade pelo actual secretário-geral do Partido Socialista.

De dois sujeitos que se apresentam a disputar o lugar de candidato de um partido ao cargo de primeiro-ministro, esperar-se-ia que, com toda a clareza e sem ambiguidades, definissem em público as linhas gerais do seu programa de governo, por forma a que os eleitores pudessem, sem esforço e sem hesitações, escolher o candidato da sua preferência.

Aliás, não fará o mínimo sentido proceder a eleições primárias para candidato a primeiro-ministro, se os candidatos não forem absolutamente claros na exposição das linhas gerais dos respectivos programas.

Ora, Costa e Seguro, mas sobretudo Costa, não fizeram outra coisa senão esconder, num amontoado de palavras, os seus verdadeiros objectivos de governação.

O principal problema político, económico, financeiro, cultural e social do País é a dívida pública. Mas nenhum dos candidatos falou da dívida pública; a dívida esteve aliás total e absolutamente ausente das palavras dos candidatos.
Como irão eles pagar a dívida, ou, pura e simplesmente, não a irão pagar, dada a natureza da sua própria impagabilidade?!

Vão continuar a cumprir as exigências da tróica ou vão rejeitá-las? Vão continuar ou aumentar a carga fiscal em vigor? No mínimo vão continuá-la, dizem. Mas como vão continuá-la, se nestes três anos tem sistematicamente invocado a inconstitucionalidade fiscal dos orçamentos do governo Coelho/Portas? Vão continuar com orçamentos inconstitucionais? Vão continuar a cortar nas pensões e nos salários? Vão continuar a exigir o aumento da jornada de trabalho e o não pagamento do trabalho prestado?

Vão manter o actual Código do Trabalho, de índole manifestamente fascista e nazi?

Como pensam cumprir o Tratado Orçamental e o défice nulo dos orçamentos? Que farão da Escola Pública e do Serviço Nacional de Saúde?

Os dois candidatos não responderam concretamente a nenhum dos pontos objectivos da vida das massas. Tudo é segredo? A única coisa que qualquer deles visa garantir é uma maioria absoluta. Mas para aplicar que política querem Costa e Seguro uma maioria absoluta?

Não deixem os meus estimados leitores de seguir os dois próximos debates televisivos entre Costa e Seguro. Vejam como estes dois aldrabões vão tentar enganar-vos, tendo unicamente em vista sacar o vosso voto.

Mas lembrem-se sempre: Costa e Seguro são dois agentes da reacção, contra-revolucionários cuja missão, como escrevia uma vez Lenine a propósito dos socialistas do seu tempo, é lavar as cavalariças do capitalismo.

Pagos pelo BES e pela quadrilha de gatunos da família Espírito Santo, Costa e Seguro têm os dias contados. Esperemos que os trabalhadores não dêem a esses aldrabões um único dos seus votos. Votem na Esquerda, designadamente no PCTP/MRPP, pois aí não será perdido um único dos vossos votos.


Espártaco


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