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Partido

Quando a bota não diz com a perdigota!

Quando não existem argumentos políticos por parte da linha seguidista, tarefeira, revisionista e social-fascista para fazer frente à linha justa em que se baseia o contra-ataque que a linha revolucionária, operária, marxista-leninista lhe lançou, e numa vã e desesperada tentativa de desviar o centro da discussão política para questões acessórias, tentam os adeptos daquela linha a manobra da vitimização, do ataque pessoal, enfim, da fulanização. Não o fazem, por enquanto, em nome próprio. Utilizam peões de brega de 2ª e 3ª linha para essa tarefa. Isto porque não querem perder a face enquanto tomam balanço para o contra ataque.

E o ridículo ultrapassa todos os limites. Ao ponto de alguns, à falta de melhor argumento, verberarem a 3ª idade do camarada Arnaldo Matos, sugerindo que o mesmo já há muito se devia ter reformado. São os mesmos, ou a réplica de outros que no passado tinham o mesmo tipo de comportamento, que até há muito pouco tempo aplaudiam vibrantemente os textos que ele - em seu nome próprio ou através de pseudónimos – escreveu, e felizmente continua a escrever, para o Luta Popular online e não só.

E, diga-se em abono da verdade – que é sempre revolucionária -, aplaudiram justamente tais artigos e textos. Isto porque cada um deles constitui a ossatura ideológica do partido e tem definido, quer do ponto de vista estratégico, quer do ponto de vista táctico a Linha Geral do Partido que levou, muitos camaradas, simpatizantes, militantes ou elementos do povo, a aderir e fazerem suas as propostas do PCTP/MRPP.

Muitos deles não leram, ou não quiseram ler, ou não lhes dá jeito agora relembrar, a carta de demissão que o camarada Arnaldo Matos endereçou há cerca de 30 anos ao Comité Central e aos militantes do Partido, carta na qual revelava os motivos que o levavam a tomar essa decisão.

E fazem-no para justificar a opinião que defendem de que, quem sai não deve voltar. Vã tentativa quando são precisamente os mesmos que, por saberem que essa saída nunca correspondeu a um seu distanciamento, se apressavam a procurar o seu auxílio para compreender os fenómenos políticos e sociais que nunca conseguiram compreender e as saídas e soluções que melhor se compaginassem com o interesse dos operários, dos trabalhadores e do povo.

Há pessoas que, por mais que se estiquem e coloquem em bicos dos pés, nunca vislumbrarão o que se passa do outro lado do muro. Não têm a inteligência, a experiência, a dimensão e a justeza na apreciação do que em volta delas se passa, para sequer ter o crédito de se habilitar a comentar, e muito menos criticar, uma personalidade como aquela que agora condenam e soezmente atacam, não pelas ideias que defende, mas pela...idade!

As mesmas pessoas que sobre o centralismo democrático, que caracteriza um verdadeiro Partido operário e comunista, tinham o entendimento de que este se reduzia à fórmula...uns mandam, outros obedecem! Pensamento e prática que, paulatinamente, levou à criação de uma corte de seguidistas, carreiristas e tarefeiros, enquanto a organização do partido definhava.

Não diz a bota com a perdigota! Para umas coisas Arnaldo Matos é o maior dos marxistas vivos, uma mente brilhante, capaz de sintetizar adequadamente o contexto histórico em que vivemos e propor medidas para transformar a história. Já para outras, mormente a denuncia - como sempre sem papas na língua - dos desvios cometidos, está caquéctico e demente! Não há pachorra! Decidam-se!

Eu que milito desde os princípios de 1973, primeiro no MRPP, depois no PCTP/MRPP - há mais de 40 anos, portanto - revejo-me inteiramente no único partido que afirma que o motor da história é a luta de classes e que essa luta se trava, também, no interior do partido. E, quer se queira, quer não, é uma luta de morte.

Uma luta da qual só uma das linhas pode sair vitoriosa. Ou a linha marxista-leninista, operária, comunista, ou a linha seguidista, tarefeira, revisionista. Tal como acontece na sociedade, isto é, ou a classe operária sai vitoriosa e cumpre o seu porvir histórico, ou sai derrotada.

E, já agora, nenhum marxista-leninista se pode rever em métodos de discussão e crítica assentes na fulanização. O que está em causa mesmo, são as ideias políticas que se defendem!


Nuno

31.10.2015

 

 

 


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