Partido

Camuflar Não é Resolver

"Quem foi que o mandou para mim? Tenho milhares de doentes e ainda me mandam mais um!? " O tom de voz era de zangado,de muito zangado. Fiquei estupefacto com a forma como fui recebido. Respirei tranquilamente e tranquilamente respondi: Senhor Doutor,eu não tenho culpa. Recebi uma carta com a consulta marcada para o senhor Doutor. Não fui eu que escolhi, mandaram- me para si. O Doutor ergueu- se a toda a pressa e saiu como uma flecha do gabinete resmungando com indignação: " Eu vou já saber quem o mandou para mim! ". Passados uns dez minutos voltou para o gabinete e lá me consultou. Mas tenho a sensação e que me dá a consulta contrafeito.

Este lamentável incidente que acabo de relatar vem a propósito da intenção do governo de traição nacional Coelho/Portas, em aumentar o número de doentes ou utentes, como preferirem chamar, por médico. Ora é exactamente o oposto que deve ser feito,reduzir o número de doentes por médico e não o de aumentar como pretende o governo.

A um doente há três coisas que podem ser feitas: 1º- Curar a doença para salvar o doente; 2º- Camuflar a doença. Dar um medicamento que não cura mas esconde a doença; 3º- Matar o doente e acabar assim definitivamente com a doença.

O governo de traição nacional, de Passos Coelho/Paulo Portas,tutelado pelo analfabeto de Boliqueime, Cavaco Silva, o que têm feito é o ponto 3º e o ponto 2º. Mas o mesmo caminho têm seguido o PS e António Costa não foge à regra.

Atribuir mais utentes aos médicos é puramente camuflar o problema de existirem milhares de utentes sem médico de família. Problema aliás que é o mesmo que se vive nos hospitais. É fingir que se resolve um problema quando na verdade se o agrava.

O que é necessário fazer é aumentar o número de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde nos Centros de Saúde e nos Hospitais e reduzir o número de utentes por médico. Só assim os profissionais de saúde terão mais tempo disponível para atenderem os seus doentes devidamente e os doentes serem atendidos em tempo útil não sendo forçados a esperar meses a fio por uma consulta médica.

O contrário é enganar os utentes. É leva- los a acreditarem que têm um médico de família quando não têm É camuflar o problema que existe de haver milhares de utentes sem médico. E é também sobrecarregar os médicos que ficam sem tempo para atenderem os doentes.

Pela saída do Euro! No dia 04 de Outubro vota PCTP/MRPP!

Valentim Amorim Martins
Operário, 2º candidato
da Lista do Porto

26.09.2015