Camaradas,

Eu não sou, como é do vosso conhecimento, desde há vários anos militante do Partido e como tal não tenho tarefas atribuídas nem nenhum compromisso assumido connvosco e com o Partido. Se esporadicamente participo em algum evento do Partido é por minha livre vontade e por gostar do Partido. Foi dentro deste meu carinho pelo nosso Partido que aceitei, a pedido do camarada João Pinto, fazer parte da Lista de Candidatos pelo Círculo Eleitoral do Porto sem assumir qualquer outro compromisso, apenas esse.

Sucedeu que eu ao ver que algumas candidaturas do Partido estavam no terreno, junto do povo, com os seus Cabeças de Lista a fazerem campanha e no Norte só a candidatura de Braga é que estava activa, a fazer campanha, dirigi, via camarada Arnaldo Matos, uma carta aos responsáveis do Partido.

Essa carta, que acabou por ser publicada no Luta Popular online, não ofende ninguém.

É uma carta em que eu peço para que me mantenham informado da actividade da candidatura do Porto e me ofereço para dar uma ajuda.

Acontece que a carta não foi vista pelo camarada João Pinto como uma carta inofensiva mas ofensiva. Tendo o camarada, imediatamente, logo que viu a carta publicada no Luta Popular, telefonado, reagindo com agressividade verbal,ontem, dia 21-09- 2015, e hoje, dia 22. Uma das palavras que me dirigiu, logo de imediato e em tom agressivo foi: " Já vistes o que fizestes?! Já vistes o que está no jornal?! Queres trabalhar?! A partir de hoje todos os dias na sede que há trabalho para fazer!" Isto dito num tom de voz agressivo e à patrão. Como quem diz: Queres trabalhar?! Então todos os dias na obra que há muito cimento para carregar! A conversa por telefone, tanto ontem como hoje não tem sido boa, acabando por envolver a minha família.

A verdade é que até à publicação da carta a campanha no Porto não tinha ainda arrancado para junto das massas, com os candidatos, e duvido que tenha sido até à publicação da carta, feito qualquer plano de apoio à nossa candidata, cabeça de lista.

Não vale a pena o secretário distrital do Partido recorrer ao telefone para insultar- me. Melhor seria que ele explicasse aos leitores do Luta Popular Online se a campanha no Porto, já arrancou ou não arrancou e que eventos eleitorais é que foram levados a cabo e onde. E se houve eventos desses, por que razão o nº 2 da lista do Porto não foi mobilizado ou contactado para eles. Será porque é operário?

Se nunca admiti que os meus patrões me berrassem, não é um camarada que vem agora berrar- me. E tudo por causa de uma carta.

Com estima,

Valentim Amorim Martins
Operário, 2º candidato da Lista do Porto