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PAÍS

GREVE DOS ENFERMEIROS 11, 12 E 13 DE AGOSTO
Enfermeiros em Greve Contra a Política Terrorista do Governo
Publicado em 11.08.2015      Actualizado em 13.08.2015

Arrancou hoje, dia 11 de Agosto, o primeiro dos três dias de greve dos enfermeiros, marcada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, e que contou com uma adesão nos turnos da noite e da manhã de cerca de 80% nos hospitais de Lisboa, Santarém e Setúbal. Nos próximos dias 12 e 13, farão greve os enfermeiros das instituições de saúde do Alentejo e do Algarve.

Esta greve tem como objectivo a defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), a luta pela revisão salarial, contra o roubo, em 50%, das “horas extraordinárias e penosas” – tardes, noites e fins-de-semana -, e ainda a reivindicação por uma justa e adequada valorização dos enfermeiros especialistas.

O Ministério da Saúde, dirigido pelo sinistro Paulo Macedo, do governo de traição nacional Coelho/Portas, tem sistemática e continuamente levado a cabo a destruição do que resta do SNS, condenando à morte um grande número daqueles que a ele têm de recorrer, ao mesmo tempo que força à emigração milhares de enfermeiros. Os que por cá ficaram são, neste momento, os profissionais licenciados pior remunerados dentro da administração pública, que já de si tem sido miseravelmente e sem qualquer pudor, espoliada e condenada a salários de miséria.

Durante os últimos quatro anos deste governo de ladrões, acumularam-se milhares de horas em dívida, quer respeitantes às já referidas “horas extraordinárias e penosas”, quer a feriados trabalhados e não pagos aos enfermeiros.

É de denunciar ainda o facto de o governo Coelho/Portas ter imposto este verdadeiro roubo de 50% nas horas extraordinárias, sob o falso pretexto de que seria uma imposição da tróica, e que se limitaria ao tempo em que esta ocupasse o nosso País; mas a verdade é que mais uma vez mentiram, e ainda não repuseram o que roubaram, nem contam fazê-lo! Porque o que estes traidores à pátria defendem, é, cada vez mais, a desvalorização do factor trabalho.

Há dez anos que os enfermeiros portugueses, para além de verem a sua progressão na carreira congelada, e dos cortes sucessivos nos seus salários e horas extraordinárias, têm assistido a um aumento da carga do horário de trabalho para 40h semanais, significando isso uma perda total de 14% no valor do trabalho.

Toda esta situação é consequência da aplicação das medidas terroristas de austeridade, que visam unicamente colocar o povo português a pagar uma dívida que não é da sua responsabilidade, levando o País à fome e à miséria.

Os enfermeiros e as organizações que os representam devem, por isso, assumir que a única via para a resolução de todos os seus problemas é unir a sua luta e as suas reivindicações à luta mais geral do povo português, que passa pela formação de um Governo Democrático e Patriótico que levará necessariamente à saída do euro e à criação de um novo escudo. Medidas intermédias que passem pela permanência no euro jamais serão solução, servirão apenas para iludir o povo e caçar-lhe o voto.
 

ACTUALIZAÇÃO 12.08.2015

A adesão à greve nas instituições de saúde do Alentejo nos turnos da noite e manhã de hoje, dia 12 de Agosto, foi de 69%. A greve prossegue amanhã nas instituições de saúde do Algarve.

Turno da Noite:
Hospital do Litoral Alentejano – 95%
Hospital de Beja – 66,7%
Hospital de Portalegre – 69,3%
Hospital de Elvas – 75%
Hospital de Évora – 54,8%

Turno da Manhã:
Hospital do Litoral Alentejano – 90,9%
Hospital de Beja – 64,4%
Hospital de Portalegre – 84,8
Hospital de Elvas – 50%
Hospital de Évora – 62,3%

ACTUALIZAÇÃO 13.08.2015

Termina hoje, dia 13 de Agosto, a greve levada a cabo pelos enfermeiros, nas regiões de Lisboa,  Setúbal, Santarém, Alentejo e Algarve. Nesta região, sobretudo nos cuidados primários- em especial nos centros de saúde – a adesão situou-se entre os 60% e os 100%, números que revelam bem o descontamento e a revolta destes profissionais de saúde.

No seguimento de declarações feitas, no primeiro dia de greve,pelo ministro da morte, Paulo Macedo, veio a   administração do Centro Hospitalar do Algarve afirmar,   que “ esta greve, em Agosto, no Algarve é lamentável.” 

Já percebemos, há muito, que para o governo de traição Coelho/Portas e seus lacaios todas as greves levadas a cabo pelos trabalhadores, nomeadamente na área da saúde, são sempre “inoportunas, irresponsáveis e lamentáveis”.

Estas posições não nos causam qualquer surpresa, tendo em conta a política fascista que  este governo e seus lacaios, com o apoio do presidente da República,  têm levado a cabo no sentido de aniquilarem de vez todos os direitos e formas de luta dos trabalhadores,nomeadamente o direito à greve constitucionalmente consagrado.

Lembremos, a título de exemplo,  as declarações feitas pelo sinistro Paulo Macedo a respeito da greve dos enfermeiros realizada  nos dias  14 e 21de Novembro, após o surto de Legionela , em que foram feitas toda a sorte de chantagem e aprovocação do secretário de estado da saúde, quando afirmou  estar surpreendido com a greve de 5 de Junho.

Os enfermeiros estiveram em luta contra as miseráveis condições de trabalho que este governo fascista e o seu execrável ministro da saúde nos têm vindo a impor e que, em consequência, levam   a um SNS que cada vez menos responde às necessidades do nosso povo. 

Esta greve e todas as que, no sector da saúde, sãolegitimamente levadas a cabo constituem  a única forma de luta que os trabalhadores têm ao seu alcance para poderem vencer a política de destruição progressiva, acelerada e deliberadas do Serviço Nacional de Saúde e de todo o nosso País.

 

Viva a Justa Luta dos Enfermeiros!

Ousemos Luta, Para Ousar Vencer!




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