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PAÍS

Os Crimes da Polícia no Bairro da Cova da Moura Não Podem Ficar Impunes!
Publicado em 19.07.2015 

Os criminosos da esquadra da PSP de Alfragide devem ser expulsos e presos e o Director Nacional da Policia e a ministra da administração interna demitidos

A Inspecção Geral da Administração Interna (IGAI) anunciou recentemente ter instaurado nove processos disciplinares contra outros tantos esbirros da PSP da esquadra de Alfragide que agrediram brutalmente moradores do Bairro da Cova da Moura em Fevereiro passado e suspenso preventivamente três desses vândalos racistas.

A primeira denúncia que esta informação merece é que as medidas agora anunciadas só foram tomadas cinco meses depois da prática de crimes mais do que provados no próprio dia em que ocorreram, permitindo que os ataques dos mesmos provocadores e criminosos contra os cidadãos negros se repetissem na madrugada do passado dia 28 de Março no mesmo Bairro, ataque este que foi objecto de um vídeo publicado no Luta Popular Online.

Ou seja, para além de a IGAI e o ministério público terem permitido que os assassinos em causa pudessem continuar à solta e praticado os crimes naquela noite, o que a IGAI também revela é que sobre este último assalto ao Bairro nada fez.

Por outro lado, a mesma IGAI escamoteia – como outra coisa não seria de esperar - a responsabilidade dos comandos da PSP e do então ministro da administração interna que, no seguimento da violência policial assassina no bairro da Cova da Moura, deram toda a cobertura pública aos crimes cometidos pelos seus agentes da esquadra de Alfragide.

Mas o que se passa de verdadeiramente escandaloso neste caso é que, relativamente às queixas-crimes apresentadas pelas vítimas da brutal agressão policial na esquadra de Alfragide, o ministério público, apesar de estar na posse de provas irrefutáveis dos crimes de tortura, não só não determinou a prisão preventiva dos agentes da PSP em causa como determinou mesmo o arquivamento dos respectivos processos (!!)

Na altura em que foram anunciadas as medidas da IGAI, houve quem suscitasse a possibilidade de existência de infiltrações da extrema-direita na PSP, a qual estaria a ser investigada – por quem? – precisamente pelas secretas da extrema direita.

Com uma coligação fascista no poder, com um governo de extrema-direita, com um ministério público que, mascarando uma aparente contradição com o governo, age como um instrumento da extrema-direita, que se podia esperar das polícias que lhes estão subordinadas?

Mas perante isto o que fazem também os partidos ditos da oposição e da esquerda parlamentar? Nada!

É que já de há muito – Cova da Moura, Guimarães, Marquês do Pombal, Setúbal - se impunha no mínimo, perante a gravidade e sucessão dos crimes policiais, chamar a ministra da administração interna à Assembleia da República e exigir a sua demissão e a do Director Nacional da PSP.

E quanto ao PS de António Costa também ficámos entendidos, quando se constituiu no mais estrénuo defensor da nova lei do governo de traição nacional Coelho/Portas que atribui às secretas plenos poderes de perseguição sem limites dos democratas e revolucionários.

Pela nossa parte, não deixaremos de perseguir os assassinos e torcionários das polícias, esperando que o povo nos dê o seu apoio nas próximas eleições para tornar mais forte e amplo este combate.

Paulo




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