PAÍS

O Alívio do Traidor
Publicado em 21.06.2015

Cavaco estava ansioso não só por ver se o seu governo de traidores conseguia mesmo avançar na venda da TAP ao capital privado estrangeiro, como na expectativa do resultado da escolha.

E, logo que o fascista Pires de Lima e o lacaio menor Sérgio Monteiro anunciaram a escolha do comprador - se é que de compra se pode falar -, Cavaco não se conteve e manifestou o seu alívio por, através desta negociata, ter dado cumprimento aos ditames da Tróica.

Deve mesmo ter telefonado nesse minuto à chancelerina Merkel a dar a boa nova, pedindo-lhe para não se esquecer dele quando abandonar a presidência da República.

Mas a irreprimível declaração de alívio de Cavaco, para além de se tratar de uma execrável manifestação de traição – de alguém que se regozija com mais um acto de liquidação da nossa soberania e independência nacional -, torna-se ainda claramente suspeita, porque, tratando-se de um concurso em que havia pelo menos mais um competidor, só mostra que o presidente da República estava a torcer afinal pelo grupo capitalista vencedor.

E agora voltará seguramente a resfolegar de contentamento pela entrega aos espanhóis dos transportes públicos da capital do país, passando Lisboa, em matéria de mobilidade, a ser gerida a partir de Madrid, se esta gente não for corrida a pontapé.

Todas estas negociatas ultrapassam já o domínio de uma pretensa redução de despesas ou de compromissos com a Tróica que o próprio governo de traição nacional PSD/CDS assumiu não terem figurado no memorando.

A sofreguidão com que o governo, com a colaboração de Cavaco, age nestas privatizações e a falta de escrúpulos dos seus lacaios é de tal ordem que a traição não pode deixar de envolver um bom preço... Um evidente caso de polícia se não tivéssemos um ministério público apenas empenhado em proteger a direita e a extrema direita.

E ainda há quem aceite falar com esta gentalha ou discutir no campo deles!

Ou quem ache que é o Tempo de Avançar sem ideologia, e com compaixão e amor ao próximo, como defendem os amigos do tacho Livre.

Paulo