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CORRESPONDÊNCIAS

Greve no sector dos transportes - Trabalhadores ferroviários mais uma vez demonstram a sua combatividade na luta contra o governo

(do nosso correspondente na CP)

trabalhadores cortam linha 01Mais uma forte demonstração de unidade e luta foi dada pelos ferroviários nestes dois primeiros dias de greve no sector ferroviário. As acções de dia 5, dos trabalhadores e reformados da EMEF, demonstraram o sentimento de descontentamento e revolta contra a destruição do caminho de ferro, contra o roubo dos salários e dos direitos, que está a ser perpetrada pelo Governo e aplicada de forma feroz pelas Administrações do grupo CP.

Hoje, dia 6, a greve decretada pelos mais representativos sindicatos do sector, teve uma adesão enorme, tendo-se apenas realizado a maioria dos serviços mínimos. Numa nota emitida pelo SMAQ, pode-se ler que “A greve hoje realizada pela Tracção com plena adesão dos trabalhadores/maquinistas, com incidência às categorias de Inspectores, demonstra bem a enorme revolta e indignação contra as investidas por parte do Governo e Administração da CP que visam anular direitos e condições de trabalho, para além do não pagamento das retribuições em dívida e do abaixamento despudorado dos salários.”

Também a FECTRANS em comunicado emitido hoje, realça aquela adesão: “A luta na CP e CP-Carga tem uma adesão quase total que está a provocar a paralisação dos comboios de mercadorias e a esmagadora maioria dos comboios de passageiros, já que os poucos que circularam, inserem-se na programação de serviços mínimos determinados pela CP e que o sindicato contesta”.

E é no não acatamento de serviços mínimos que em próximas greves os sindicatos devem apontar. A imposição de mais de 25% dos serviços, visa unicamente tirar qualquer eficácia à greve, pelo que a sua recusa pura e simples deve ser ponderada. Ainda que esta tomada de posição possa ser considerada como contrária à lei, mas não o será também aquela imposição abusiva? E, como sabemos, os tribunais não estão propriamente ao serviço de quem trabalha, pelo que qualquer decisão, ainda que favorável, só será tomada daqui a 5 anos, altura em que não fará qualquer falta ao presente combate, e o governo e a administração vão impondo a sua vontade a bel-prazer.

Amanhã será dia de greve na REFER, perspectivando-se também uma grande adesão, motivada pela determinação destes dois dias.

Esta firmeza, unidade e vontade de lutar devem conduzir a uma grande participação na manifestação de 9 de Março em Lisboa, onde deve ser exigida a demissão deste governo fascista e de fantoches e a criação do Governo Democrático Patriótico.


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