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PAÍS

Despedimentos em massa na função pública: lutar ou capitular?

Sob a capa de “rescisões amigáveis”, o governo PSD/CDS prepara-se para despedir um número indeterminado de trabalhadores pertencentes aos quadros da administração pública. Na versão do governo, esse número será, “numa primeira fase”, de 120 mil, podendo vir a atingir os 300 mil se se tiverem em conta os parâmetros que se prevê que serão aplicados ao universo alvo deste projectado e gigantesco despedimento colectivo.

Em lugar de rejeitarem liminarmente e combaterem com toda a firmeza os sinistros objectivos do governo, as organizações sindicais da Função Pública aceitaram negociar os termos da “matança”, isto é, as migalhas que os trabalhadores poderão eventualmente receber quando forem despedidos. Numa miserável e degradante encenação, governo e direcções sindicais dão por assente o desaparecimento do vínculo permanente dos trabalhadores da administração pública e discutem apenas se um trabalhador com uma carreira de vinte, trinta ou mais anos deve receber uma ridícula indemnização, que o governo Coelho/Portas pretende que não ultrapasse o equivalente a doze meses de salário.

Toda a gente percebe que não é possível haver uma “rescisão amigável” com dezenas ou centenas de milhar de trabalhadores, e que aquilo que se prepara é um despedimento compulsivo cujo alvo principal são os trabalhadores com mais idade e com níveis de remuneração mais elevados, uma parte dos quais serão depois eventualmente substituídos por trabalhadores precários, sem direitos e com níveis de remuneração muito inferiores.

Aceitar negociar os termos deste gigantesco despedimento colectivo representa uma traição sem nome que os trabalhadores da administração pública devem denunciar e combater com toda a firmeza e determinação. Os trabalhadores precisam de sindicatos de luta, de unidade e de vitória e não de organizações que os entreguem de pés e mãos atados aos ditames da tróica germano-imperialista e do seu governo de lacaios.


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