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Trabalhadores da Carris em greve – uma luta que se iniciou com forte adesão e que merece o apoio dos utentes

Os trabalhadores da CARRIS iniciaram hoje uma greve até ao próximo Domingo, dia 13 de Maio, com paralisações de uma hora no início e no termo de cada período do respectivo horário de trabalho.

Esta forma de luta, cujos efeitos foram minimizados pela administração aquando do seu anúncio, está a obter uma forte adesão e o impacto que produziu obrigou os lacaios do governo PSD/CDS a aplicar para estes períodos da greve o horário de carreiras adoptado para os períodos das férias escolares (supressão de carreiras e horários mais espaçados), através de uma operação nocturna de substituição desses horários nas paragens de autocarros da cidade de Lisboa.

Denunciada esta manobra, a administração acabou por recuar neste seu desesperado frenesim de liquidar os efeitos da greve, verificando que, com esta malandrice, até estava a ampliar esses efeitos.

Mas como o lobo que pode perder os dentes, mas não os intentos, esta gente voltou-se agora para uma outra tentativa de desmobilizar os trabalhadores, consistente em marcar falta justificada, mas com perca de remuneração, aos motoristas que, após cumprirem o período de greve, se apresentam no local onde àquela hora pegariam ao trabalho e, por motivos alheios à sua vontade, não conseguem comunicar a sua presença aos superiores hierárquicos.

Os trabalhadores da CARRIS estão a ser vítimas de uma reestruturação terrorista do sector dos transportes urbanos do governo de traição nacional PSD/CDS que, a mando da Tróica, passa por uma fusão desta empresa com o Metropolitano de Lisboa e que se a traduz no despedimento de centenas de trabalhadores, quer sob a capa da falsa revogação do contrato de trabalho por mútuo acordo, quer pela redução de postos de trabalho.

E esta redução de postos de trabalho prende-se com a outra faceta da reestruturação e que é a da supressão de carreiras e redução dos horários e, simultaneamente, o aumento brutal das tarifas.

É precisamente esta política, associada aos níveis de desemprego e redução e confisco de salários, que está na origem da perca, só no primeiro trimestre deste ano, de 5,9 milhões de passageiros na CARRIS e 4,4 milhões no Metropolitano.

É a isto que o governo de lacaios chama de reformas estruturais indispensáveis para dinamizar o crescimento – a entrega da exploração de serviços públicos básicos aos privados apenas e exclusivamente para assegurar o pagamento da dívida, à custa da degradação desses serviços e do empobrecimento dos trabalhadores, tanto os das respectivas empresas como os utentes.


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