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PAÍS

Novo pré-aviso de greve até 31 de Maio – A luta dos maquinistas da CP continua!

(do nosso correspondente na CP)

Foi entregue mais um pré-aviso de greve, este até 31 de Maio, para prosseguimento da luta que os Maquinistas dos Caminhos-de-Ferro vêm travando desde fins de Dezembro. Este subsector, dentro do combativo sector dos transportes, tem vindo desde aquela data a demonstrar a sua combatividade e ao mesmo tempo a provar que é possível travar batalhas longas, sem desmobilização ou desfalecimentos das suas fileiras, desde que os princípios sejam justos e a unidade forjada em objectivos correctos. Subsistem divergências entre nós, mas essas são, no momento e nas condições actuais da luta, facilmente ultrapassáveis, porque mais forte é aquilo que nos une.

Face às constantes recusas de diálogo por parte da empresa, há que continuar a luta pelo tempo que for necessário, com objectivos claros e precisos, não vacilando em qualquer momento e agudizando-a à medida que se for prolongando no tempo. Este tipo de luta, que já não é novo para nós, é aquele que, na presente situação, nos pode dar maiores garantias de triunfo. Tal como em 1994, quando estivemos 10 meses em luta e conseguimos uma série de vitórias como a atribuição de tempos de refeição, o fim dos repousos consecutivos fora da sede, a semana das 40 horas, etc., devemos agora prosseguir sem hesitações.

No braço de ferro que a empresa tenta travar connosco, já conseguimos que vacilasse em alguns pontos. Assim, em quase todos os Depósitos foram elaboradas novas escalas que contemplam como máximo as 8 horas diárias de trabalho e o respeito dos intervalos depois de 5 horas consecutivas de trabalho. No entanto, não podemos adormecer só porque conseguimos que a organização do trabalho passasse a ser menos penalizante. Não, isso deve dar-nos ânimo para os outros objectivos que ainda estão distantes e para novos patamares de luta, para além dos que agora travamos.

Se o fim das perseguições e dos processos arbitrários, o desmantelamento das linhas e fim de circulações que deixam populações completamente isoladas, a melhoria do serviço prestado e com horários condignos, o cumprimento integral dos acordos em vigor, designadamente de 21 de Abril e 09 de Junho de 2011, as medidas das Administrações da CP EPE/CP Carga S.A. que visam restringir o exercício da actividade sindical e o direito à greve, o cumprimento do Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, datado de 16 de Dezembro de 2010, que impõe que a CP pague parte do subsídio de férias e de Natal que foi roubado desde 1996, se tudo isto são reivindicações mais imediatas, há outras que devemos exigir, e que no fundo são a causa destas, como o derrubamento do Governo fascista do PSD/CDS e a instauração de um Governo Democrático Patriótico que aplique as medidas económicas e de organização do trabalho que visem o pleno desenvolvimento do País, começando por recusar pagar uma dívida que não é nossa, nem foi contraída para nosso benefício, expulsando a Tróica de Portugal.

Na fase actual da luta, é justo que continuemos com greves que vão “moendo” a paciência à burguesia e não nos tragam grandes inconvenientes, mas temos de preparar e nos preparar para outros combates, mais aguerridos e duros e em que a consciência do que está em jogo e de qual o nosso papel como trabalhadores no seio do movimento sindical e operário, tem de estar à altura de sabermos responder a esse novos desafios, para podermos estar como até aqui, sempre na crista da onda.


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