(do nosso correspondente na Póvoa de Varzim)
A actual administração da Varzim Sol, SA, admitiu recentemente cinco novos pagadores de banca para o Casino da Póvoa de Varzim, segundo ela para suprir necessidades pretensamente resultantes da aposentação/saída de trabalhadores com essas funções, facto este previsível há pelo menos um ano.
Só por si, esta decisão dos administradores do Casino não mereceria uma particular atenção, não fora o caso de a mesma administração ter procedido o ano passado a um despedimento colectivo de 21 trabalhadores, grande parte dos quais ficheiros fixos e caixas, e, na fase de negociação, ter sido proposta pelos trabalhadores, entre outras soluções de não despedimento, a transferência para essa função específica de pagador de banca de alguns dos trabalhadores, na altura ameaçados de despedimento e entretanto despedidos, o que foi liminarmente recusado pela administração, não dando cumprimento à norma legal que obriga o empregador que quer fazer um despedimento colectivo a procurar, no seio da empresa, outras funções compatíveis para os trabalhadores cujo posto de trabalho é extinto.
Esta conduta, a juntar a um infindável rol de outros actos de gestão danosa, mesmo na óptica capitalista, tem feito surgir a ideia de que a actual administração terá por objectivo levar o Casino à falência. Mesmo que assim fosse, o certo porém é que o que a faz actuar assim é, além de uma convicção de impunidade com base nas leis do governo de traição nacional Coelho/Portas, criar condições de agravamento da exploração através da introdução de uma cultura de terror e subserviência entre os trabalhadores que uma arbitrariedade total e impune propicia.
A administração sabe que mesmo perdendo o processo do despedimento ganhará porque o despedimento ilegal hoje, com o suporte das leis do governo traidor Coelho/Portas/Cavaco, pouco custa aos capitalistas, além de servir para intimidar e pôr na ordem os trabalhadores.
É o que estes lacaios julgam…
Mas esperem pela resposta!