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PAÍS

"Se queres saúde, paga!"

Que Portugal tem um dos piores serviços de saúde da Europa é algo que diariamente experimenta a população trabalhadora, mas que não deixa de ser sempre negado pelos agentes e ideólogos do regime, todos eles apostados em degradar ainda mais esse serviço e em impor neste sector a máxima capitalista “Se queres saúde, paga!”.

O governo de traição nacional PSD/CDS tem no Ministério da Saúde uma comissão liquidatária do serviço público de saúde. Os hospitais públicos tratam cada vez pior os doentes que a eles recorrem, o acesso a consultas e medicamentos é cada vez mais caro e difícil e, como resultado disso, regista-se um aumento incontrolado das taxas de mortalidade, com especial incidência na população idosa.

Os dados relativos a Portugal contidos no mais recente relatório da organização sueca Health Consumer Powerhouse permitem lançar alguma luz sobre a dramática situação de ausência e degradação dos cuidados de saúde acima referida. Em 34 países europeus, Portugal ocupa o 25º lugar, tendo atrás de si apenas alguns dos países do leste europeu. Mais do que isso, em apenas 3 anos (entre o relatório de 2009 e o actual), o país recuou 4 lugares, o que permite vaticinar, dadas as políticas terroristas actualmente em vigor, que o serviço público de saúde português está em vias de poder ser considerado o pior de toda a Europa. Esta tendência é claramente antecipada no relatório em apreço, quando aí se diz que Portugal é o único país em que, de uma forma clara e inequívoca, “a crise financeira está a ter efeitos notáveis nos cuidados de saúde”.

Nos gastos de saúde “per capita”, ajustados ao poder de compra e aos custos dos cuidados de saúde, Portugal está já na 30ª posição entre os 34 países europeus. Também no que diz respeito à percentagem dos gastos públicos relativamente aos gastos totais com os cuidados de saúde, o país é remetido para o 26º lugar, com um valor de apenas 65%. Entretanto, no indicador “acessibilidade e tempos de espera”, Portugal regista 117 pontos em 250 possíveis; no dos “resultados”, 163 em 300; no dos “direitos e informação aos utentes”, 126 em 175; no da “prevenção”, 117 em 175; e no dos “medicamentos”, 67 em 100. É importante referir neste ponto que a pontuação máxima possível nos cinco indicadores mencionados não representa supostos valores “ideais” não alcançados nem alcançáveis por qualquer país, mas reporta-se antes a resultados exequíveis, todos eles plenamente atingidos, ou muito perto disso, por diversos dos países inquiridos.

Por força das políticas fascistas e terroristas da tróica e do governo Coelho/Portas, a população trabalhadora em Portugal está literalmente a ser liquidada ou estropiada por negação de cuidados de saúde básicos. O dinheiro que é retirado dos magros salários dos trabalhadores em impostos, taxas e contribuições para a segurança social, o qual deveria servir para manter um serviço nacional de saúde geral, gratuito e de qualidade, acaba por ser desviado para os bancos e os grandes grupos económicos capitalistas.

É preciso dizer bem alto que o povo português se recusa a pagar uma dívida pública que não é sua e que não foi contraída em seu benefício. É necessário exigir serviços públicos de saúde dignos para as famílias trabalhadoras. É urgente impor a expulsão da tróica, o derrubamento do governo de traição nacional PSD/CDS e a instituição de um governo do povo e para o povo, um governo democrático patriótico. A saúde tem de ser um bem público e não um privilégio da classe burguesa e capitalista!



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