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PAÍS

A Suíça na rota da emigração

Se há alguma coisa de comum a todos os governos que Portugal tem tido até hoje, para além da sempre presente exploração e opressão do povo, essa coisa é, sem dúvida, a inexistência absoluta e total de uma política de defesa e promoção da língua portuguesa no estrangeiro.

O Instituto Camões, virado para a divulgação e promoção da cultura portuguesa, nada faz, nem no domínio da língua, nem no domínio da cultura, pura e simplesmente porque lhe podaram as verbas.

E nunca nenhum governo criou o Instituto de Língua Portuguesa, com delegações de promoção e ensino da língua nos PALOP e nos países de forte emigração lusitana.

A única coisa até hoje feita no domínio da língua foi um acordo ortográfico, felizmente nunca ratificado pelos Estados angolano e moçambicano, pelo qual se pretende que o povo português substitua a sua bela ortografia por uma ortografia de índios.

Acontece que o actual governo, se nada fez, como todos os outros, na defesa e promoção da língua portuguesa, não deixou de tomar uma medida reaccionária mortal contra ela: está a despedir os professores de português contratados para aulas no estrangeiro, em países de forte emigração portuguesa.

A comunidade portuguesa emigrante no cantão suíço de Neuchâtel levantou-se imediatamente contra mais esta política do governo de traição nacional Coelho/Portas.

Calcula-se que a comunidade portuguesa e luso-descendente na Suíça andará por volta de meio milhão de pessoas, com forte pendor para a Suíça ocidental, a de língua francesa.

No cantão de Neuchatêl, só nas suas duas cidades principais (Neuchatêl e La Chaud--de-Fond) as associações de emigrantes portugueses calculam que haverá, entre legais e ilegais, cerca de quarenta mil portugueses imigrantes, que praticamente todos os dias aumentam.

No referido cantão, está-se já na terceira geração de luso-descendentes.

Pois foi justamente no cantão de Neuchatêl que o governo português mandou cessar unilateralmente a contratação de professores de português para as escolas locais.

Os filhos, netos e bisnetos dos nossos emigrantes estão totalmente impossibilitados de aprender a língua portuguesa: a língua de seus pais e de seus avós.

As associações de emigrantes portugueses do condado de Neuchatêl, onde o movimento associativo lusitano é muito forte, protestaram vivamente contra a política do governo Coelho/Portas de despedimento dos professores de português e exigem não apenas a manutenção, mas também o alargamento do número de escolas com o ensino da língua portuguesa.

À semelhança dos emigrantes portugueses na Alemanha, também os emigrantes portugueses no condado suíço de Neuchatêl ameaçam cortar com as remessas de dinheiro.

Os emigrantes portugueses na Suíça devem saber que contam com toda a solidariedade e apoio do povo português em Portugal e dos emigrantes portugueses em todos os países.

A promoção e difusão da língua portuguesa no estrangeiro, sobretudo nos países de forte emigração nacional, é uma obrigação política dos governos de Portugal e não será o actual governo de vende-patriás que eliminará aquela patriótica obrigação.


MORRA O TRABALHO FORÇADO!
ABAIXO O GOVERNO!
POR UM GOVERNO DE ESQUERDA, DEMOCRÁTICO PATRIÓTICO!


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