CULTURA

VIVOS

VIVOS


Respiramos como poucos
Libertamos um sopro feroz
Nem palavra
nem cristal
nem silêncio
A degola dos inocentes
circula nas veias todo o tempo
combustível
incisão
ferida
sal
E pomos cal sobre os mortos
e ferozmente continuamos vivos

      Orlando Alves
(in Respiração Circular)

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