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NINGUÉM CALARÁ A VOZ DA CLASSE OPERÁRIA!

Faz hoje, 28 de Maio, 45 anos que,às 23H00, sob o nome “Operação Turbilhão “ ordenada pelo III governo provisório e o Movimento das Forças Armas (MFA), operacionalizada pelo COPCON, dirigido por Otelo Saraiva de Carvalho e com o apoio do PCP, as sedes do MRPP, no distrito de Lisboa,foram tomadas de assalto e objecto de um verdadeiro ataque militar,em que foi dada ordem de prisão de forma arbitrária e indiscriminada a todos quantos se encontravam no seu interior, sendo encarcerados, entre militantes, simpatizantes, apoiantes e elementos do povo, ao todo foram 432elementos.
Esta acção violenta e desesperada por parte do poder, visava não já somente a ilegalização do MRPP (como acontecera anteriormente, com o impedimento de se concorrer às eleições legislativas, em Abril de 1975), mas a liquidação, incluindo a física, da sua direcção, com destaque para o secretário-geral, camarada Arnaldo Matos, não é mais do que a luta que pôs em confronto duas classes: a que estava no poder, o social fascismo de braço dado com o MFA, e a que queriatomar o poder pela via revolucionária e que,pelo apoio que tinha entre a classe operária, os trabalhadores e o povo, se mostrava como uma ameaça ao regime estabelecido. Portanto esta acção teve um único objectivo: liquidar o MRPP e impedir que a revolução se desenvolvesse. Tratou-se de um confronto directo entre a luta do proletariado e a burguesia, num momento em que a revolução estava na ordem do dia.
E se dentro das prisões a resistência organizada era sobre-humana com reuniões e o recurso à greve da fome que teve a duração de 17 a 18 dias, sem um único furo a essa forma de 18Julhomanifestação, também fora das prisões o movimento agigantou-se; o partido, com as orientações do seu secretário-geral, mesmo preso, organizou-se, ligou-se às massas, com manifestações às portas das cadeias, recebidas a tiro, exigindo a libertação de todos os presos. Durante o período em que todos os antifascistas e anti-socialfascistas estiveram presos, em várias cadeias espalhadas pelo país, o apoio a esses lutadores intransigentes da liberdade e democracia popular chegou de diversas organizações através de moções de solidariedade, como por exemplo: a TAP, delegados sindicais do BIP, CTT, TLP. E munido desta força e de uma ideologia revolucionária, o povo conseguiu derrotar o social fascismo no poder que pretendia a instauração de uma ditadura militar contrarrevolucionária, e libertar todos os presos.

Esta luta, que alguns historiadores mentirosos, reaccionários e oportunistas querem apagar da história do movimento operário e revolucionário português, e que alguns oportunistas saudosistas querem apresentar como mera história a ser recordada, deve ser analisada e vista como um exemplo da luta de classes, na qual o PCTP/MRPP se forjou e da qual deve retirar os respectivos ensinamentos e experiência para a luta que hoje trava contra todos os tipos de repressão, tipos de repressão esses que têm aumentado, veja-se a forma fascista como o governo do monhé António Costa que tentou e impediu greves, a maneira terrorista como foi imposta a requisição civil, sempre com o intuito de impedir que os trabalhadores lutem e conquistem os seus direitos, como também para travar o movimento revolucionário, em não deixar que o PCTP/MRPP consiga elevar a voz da classe operária.
É esta a matriz do PCTP/MRPP: a luta contra o revisionismo, contra o capitalismo, que tenta pelas formas mais sinuosas manter o seu domínio de classe e sair da crise em que se encontra mergulhado. A unidade do Partido, a ligação às massas, o estudo são hoje urgentes e condição única para caminhar em direcção a uma sociedade comunista, sem classes, nem exploração e não será a hipervigilância high-tech, com o recurso à tecnologia, a formas modernas e dissimuladas, como a monotorização, georreferenciação por satélite, chips, etc,  que nos vai impedir de gritar, tal como há 45 anos, NINGUÉM CALARÁ A VOZ DA CLASSE OPERÁRIA!
VIVA A REVOLUÇÃO COMUNISTA PROLETÁRIA MUNDIAL!
VIVA O PARTIDO COMUNISTA OPERÁRIO!

VIVA O PROLETARIADO!

MORTE AO SOCIAL-FASCISMO E SEUS ACÓLITOS!

NinguemHadeCalar

28Mai2020

JL/CG

pctpmrpp