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O desmantelamento do reactor nuclear de Sacavém

e as Jornadas Mundiais da Juventude


Numa operação envolta em total secretismo, o único reactor nuclear construído há mais de 50 anos em Portugal está a ser desmantelado. 

Na primeira fase, o coração do reactor – o núcleo com o combustível nuclear – foi transportado do Campus Tecnológico e Nuclear, sito na Bobadela, perto de Sacavém, para o Ponto de Apoio Naval de Tróia onde seria embarcado, em Março passado, num navio que transportaria esse material para os Estados Unidas da América. 

desmantelamentoÉ de toda a justiça que se reproduza, aqui e agora, um tuíte do camarada Arnaldo Matos no qual, sob o título O PAPA, A JUVENTUDE E O REACTOR NUCLEAR DE SACAVÉM, este fazia uma vigorosa e lúcida denúncia da política nuclear dos sucessivos governos PS e PSD, de arrogante desleixo criminoso, a propósito das Jornadas Mundiais da Juventude, que ocorrerão em 2022 no Parque Tejo, conforme foi anunciado pelo papa Francisco durante as últimas JMJ que tiveram lugar na cidade do Panamá, em Janeiro do corrente ano.

 

“Portugal não tem centrais nucleares para produção de electricidade, mas dispõe de um reactor nuclear de investigação da responsabilidade do Instituto Superior Técnico.

O reactor de investigação foi instalado em Sacavém, na freguesia da Bobadela, concelho de Loures, na época da exploração de urânio na Urgeiriça, e está localizado no limite norte da faixa de terreno de 90 ha reservado à concentração de dois milhões de jovens nas Jornadas de 2022.

Em 2017, verificaram-se fugas no reactor nuclear de Sacavém, que levaram à intervenção da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA). A agência detectou fugas radioactivas na piscina do reactor, que levavam à perda de 1 m3 de água contaminada por dia.

Nessa altura, foram adoptadas medidas de correcção, mas a Agência Internacional de Energia Atómica aconselhou o Instituto Superior Técnico a preparar o desmantelamento do reactor e das suas instalações.

O que não aconteceu! O reactor nuclear português, que continua hoje instalado nos mesmos edifícios do Campus Tecnológico e Nuclear do Instituto Superior Técnico de Lisboa, ainda hoje não tem planos de emergência para qualquer tipo de acidente.

O alerta foi dado há três anos pela entidade reguladora do sector, mas nada foi feito para elaborar esses planos de segurança. Nem foi feito nenhum exame radioactivo às terras por onde se infiltraram as águas da piscina.

O governo português, agora que se atirou, com Marcelo, o Patriarca e as Câmaras de Lisboa e Loures, a receber as JMJ de 2022, deve imediatamente – e melhor faria se já o tivesse feito muito antes – pedir apoio à AIEA, para garantir a segurança radioactiva da concentração.

Por favor: Não brinquem com Portugal! É preciso limpar o País dos irresponsáveis de Belém, São Bento, Lisboa, Loures e Patriarcado! Isto não deveria ser um País do Terceiro Mundo!”

 

Uma denúncia que, por ser justa e verdadeira, fez o seu caminho e está, pelo menos aparentemente, a resultar - apesar do secretismo que se lhe quis conferir - naquilo que agora se anuncia e que foi, em devido tempo, proposto pelo nosso querido e saudoso camarada Arnaldo Matos e pelo Partido que ele fundou.

 

02SET19                                                                   LJ

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