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Prossegue Genocídio Fiscal! 

 

Dados trazidos a público pela PORDATA, no final desta semana, traçam um retrato da situação demográfica há muito pré-anunciado por nós e deveras preocupante.

 

As sucessivas medidas terroristas e fascistas que o governo de traição nacional – o governo de coligação entre a extrema-direita do CDS/PP e da direita do PSD - foram impondo aos trabalhadores e ao povo português, com o cortejo de roubos dos salários, do trabalho, das pensões e reformas, a crescente negação do acesso à saúde e à educação, o aumento de impostos sobre o trabalho e a carestia generalizada de vida, aumentando bens essenciais, desde a água à luz, passando pelos transportes, as rendas de casa, a alimentação e o gás, levou-nos a considerar que os sucessivos Orçamentos de Estado que Coelho e Portas foram lavrando, constituíam um autêntico acto de genocídio fiscal.

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Genocídio fiscal prosseguido pelo governo de Costa/Centeno, com a prestimosa colaboração das muletas do PCP/BE e Verdes que, ao mesmo tempo que celebram as realizações do actual governo, escamoteiam o facto de este estar a ser o governo que maior carga fiscal impôs ao povo – 35,4% em 2018, o valor mais alto desde 1995!!!

 

É hora de os trabalhadores e o povo português despertarem para a realidade de genocídio que se produz há mais de 40 anos. Têm de dizer basta à cegueira que revelam ao terem colocado no poder, acto eleitoral após acto eleitoral, os seus próprios algozes. É nisto que as democracias de pacotilha têm dado! Candidatos a anunciarem promessas de um paraíso de leite e mel para todos para, logo a seguir às eleições, alcandorados no poder, se utilizarem do autêntico cheque em branco que os eleitores lhes passaram para mandar às urtigas a propalada democracia e impor a autêntica ditadura do nós é que sabemos, acompanhada do clássico e oportunista deixem-nos trabalhar!

 

Ser democrata é, cada vez mais, elevar o grau de exigência quanto à discussão aberta e sem medo de todos os temas que respeitem ao futuro e aos interesses do povo e de quem trabalha. É levar a cabo sem hesitação uma denúncia activa de todos aqueles que, com base no argumento dos critérios jornalísticos, favorecem, dão voz e tempo de antena, apenas àqueles que já não constituem uma alternativa, àqueles que apenas e tão só garantem a continuidade de medidas gravosas para quem vive do rendimento do seu trabalho ou das reformas e pensões a que, anos de carreira contributiva ou a solidariedade social lhes deveriam dar direito.

 

Contudo, ao analisarmos em que é que têm trabalhado sucessivas hordas de bárbaros governantes, concluímos que o actual genocídio fiscal que os sucessivos orçamentos de Estado, aprovados segundo os interesses e ditames da tróica germano-imperialista – antes e depois do programa de assistência a que PS, PSD e CDS amarraram o povo português, durante o governo Passos/Portas ou no actual governo Costa/Centeno, com a cumplicidade de PCP/BE e Verdes – foi precedido de outros episódios de genocídio e preconizam que a hecatombe não se ficará por aqui.

 

Ao mesmo tempo que persistimos na denúncia do crime de lesa pátria que constituiu a adesão de Portugal à então CEE – afirmávamos e continuamos a fazê-lo que, garantidamente, não era Portugal que estava a entrar na CEE, mas a CEE que entrava em Portugal, a todo o vapor e sem freio – logo os oportunistas e traidores de todos os matizes, mormente todos os partidos do arco parlamentar  de então, nos acusaram de adeptos de teorias da conspiração.

 

O certo é que os custos dessa adesão e a confirmação da transformação de Portugal num mero protectorado das nações mais desenvolvidas da Europa, numa espécie de sub-colónia do imperialismo europeu, com a Alemanha à cabeça, são cada vez mais evidentes:

 

  • Destruição generalizada e sistemática do nosso tecido produtivo, desde a agricultura às pescas, passando pela nossa indústria pesada e média, até à nossa marinha mercante; 
  • Com o Tratado de Lisboa e a adesão de Portugal ao euro, duas decisões políticas para as quais o povo português não foi chamado, uma vez mais, a discutir e muito menos a decidir, agravaram-se as condições para a perda total da soberania cambial, fiscal, orçamental, bancária e aduaneira, pois todas as decisões nestas vertentes da soberania nacional passaram a ser efectuadas e impostas por um directório europeu que responde aos interesses e ditames do imperialismo germânico; 
  • Importação de mais de 80% daquilo que é necessário para alimentar o povo e gerar economia, o que torna congénito e estrutural o défice a nossa balança de pagamentos. 
  • Sujeitos a adoptar uma moeda forte como o euro – que mais não é do que o marco travestido -, uma economia fraca e frágil como a nossa, definha dia após dia e agrava as condições de vida do povo, a par da total perda de soberania. 

Ninguém pode vir agora afirmar que, quando colocou o seu voto na urna ou inteligentemente se absteve ou votou em branco ou nulo,  não tinha consciência de que estariam a obrigar o país a esta macabra dança de alterne no poder de PS e PSD, às vezes com o CDS, o PCP, o BE e os Verdes pela trela. NINGUÉM! E, nem a iliteracia ou a falta de consistência cultural poderão induzir o perdão! A tese do foi sem querer, ou sem intenção, nunca mais poderá ser invocada! 


O genocídio é de tal forma massivo e extenso que, das duas uma: ou bem que a classe operária e o povo se unem e ousam lutar para impedir que a alternância dos últimos 40 anos – que levou ao desastre para o qual foram atirados – se volte a repetir, ou bem que ao genocídio fiscal teremos que somar um genocídio demográfico com consequências devastadoras e imprevisíveis que já se adivinham.

 

Aos dados vindos recentemente a público sobre a quebra para cerca de metade dos índices de natalidade em Portugal, teremos de associar a autêntica expulsão de grande parte das populações das principais cidades do país, sendo Lisboa o exemplo mais paradigmático dessa política que levou a que os índices demográficos da capital regredissem a 1931 – com uma perda anual de mais de 10 mil habitantes -, a emigração que, tal como nos anos 60, apesar de a natureza ser diferente, leva os trabalhadores, sobretudo os mais jovens e qualificados, à procura, no estrangeiro, de uma oportunidade de trabalho e de vida digna que lhe foi sonegada no seu próprio país. 

 

Por Uma Solução Operária Comunista!

Pelo Modo de Produção Comunista!

 

23JUL19                                                                                       LJ

 

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