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18 de Julho de 1975 – Libertação do camarada Arnaldo Matos e dos militantes do MRPP presos pelo COPCON/PCP 

O dia 18 de Julho de 1975 constituiu um marco indelével na história da luta da classe operária e dos comunistas portugueses do MRPP, sob a direcção do camarada Arnaldo Matos, contra a ditadura social-fascista, pela liberdade e democracia e continuação do combate pela revolução comunista.

278Pelas 22H30 do dia 28 de Maio de 1975 o COPCON, recorrendo aos comandos e às chaimites do fascista Jaime Neves e militares de unidades controladas pelo PCP, iniciou a operação Turbilhão, assaltando e saqueando todas as sedes do MRPP da região de Lisboa, e prendeu o camarada Arnaldo Matos e mais de quatro centenas de militantes e simpatizantes do Partido.

O objectivo desta operação terrorista havia sido previamente apontado pelo PCP na assembleia do MFA que a aprovou, em particular pelo seu maior cacique o social-fascista coronel Varela Gomes – eliminar fisicamente o camarada Arnaldo Matos, fundador e secretário-geral do MRPP e destruir e aniquilar o Partido.

O MRPP, que se colocara à frente do movimento operário pela semana de trabalho das 40 horas, transformara-se num empecilho para a progressão do contra-golpe social-fascista do 11 de Março e por isso era necessário afastá-lo, ilegalizando-o e impedindo-o de participar nas eleições, destruindo as suas sedes e prendendo os seus militantes.

Mas a resposta àquele desesperado ataque não tardou – as sedes são imediatamente reocupadas e as manifestações populares pela libertação do camarada Arnaldo Matos e de todos os anti-fascistas presos, em particular junto da cadeia de Caxias, passaram a suceder-se dia e noite, enfrentando corajosamente as balas do COPCON.

A partir da cadeia, o camarada Arnaldo Matos dirige o Comité Central e a luta dentro e fora dos cárceres, decidindo a realização de uma greve da fome – que se prolongou por dezoito dias - e mobilizando um forte movimento operário que associou à reivindicação da semana das 40 horas a libertação dos presos políticos do MRPP e que veio a tornar-se vitorioso.

A 7 de Julho de 1975, o camarada Arnaldo Matos é libertado do Hospital Militar por um grupo de soldados, seguindo-se a libertação de todos os restantes presos até à realização em 18 de Julho de um grande comício no Campo Pequeno, data que assinala a derrota das forças do PCP e dos fascistas.

Se a luta pela libertação do camarada Arnaldo Matos e contra a liquidação do MRPP não saísse vitoriosa, mesmo a pouca liberdade que respiramos não existiria.

Que esta data e a firmeza, combatividade e espírito de sacrifico então demonstrados pelos comunistas na luta pela revolução proletária e pelo comunismo continue a inspirar-nos e a orientar a nossa acção nas batalhas que se avizinham.

Viva o 18 de Julho!

Honra ao camarada Arnaldo Matos!