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Partido

O PESO DA MONTANHA  

Aos Amigos e Amigas,

Aos Camaradas e ao Povo da ilha da Madeira,

A Todos vós aqui presentes, 

Em nome do Comité Central do Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses, obrigado pela vossa presença nesta sentida Homenagem ao Homem que durante 80 Anos pisou esta terra nela deixando pegadas que nem o tempo, nem os homens, jamais poderão apagar!

É verdade que todos temos de morrer um dia. Porém, na morte nós não somos todos iguais!

Não porque as estátuas determinem o peso da morte, tantas vezes leve como uma pena, daqueles a quem são erigidas… Mas antes, pelo diferenciado contributo da vida de cada um em prol do avanço das ideias e do progresso da Humanidade.

O desaparecimento físico do Camarada Arnaldo Matos, provocado pela sua morte, tem o peso da Montanha que mantém viva entre nós a sua memória, porque toda a sua vida foi dedicada à luta pela emancipação da Humanidade e pela construção de uma sociedade comunista sem exploradores nem explorados!...

Ao falar-vos em nome do Comité Central do PCTP/MRPP, partido a que ele próprio deu vida, quero dizer-vos que sem este partido e toda a influência que sob a direcção do Camarada Arnaldo Matos ele teve no desenrolar dos acontecimentos que conduziram à Revolução Democrática de Abril, o caminho percorrido pela luta das classes em Portugal não teria sido o mesmo!

Mas o embrião, da influência revolucionária do Camarada Arnaldo Matos na vida política do nosso país, nasceu aqui, com ele, na bela ilha da Madeira quando ainda à luz do petróleo (como bem lembrava) ele fez as suas primeiras leituras!

Sempre trabalhando, estudando e lutando, mal chegado ao continente para prosseguir os seus estudos, o jovem Arnaldo Matos logo se distinguiu como grande activista e líder revolucionário!

Definindo uma linha clara de demarcação entre o marxismo e o oportunismo e após ter delineado os passos fundamentais para a criação do verdadeiro partido comunista do proletariado em Portugal, liderou a fundação, em 18 de Setembro de 1970, do Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado (MRPP), tendo desde logo sido nomeado seu Secretário-Geral.

Numa luta sem tréguas contra o social-fascismo revisionista do PCP e todos os oportunistas, sob a direcção do camarada Arnaldo Matos, o MRPP distinguiu-se na luta anti-fascista e anti-colonial, apontando o caminho da Revolução que, à data de 25 de Abril de 1974, conhecia um período de desenvolvimento fulgurante e de disputa entre as classes pela direcção do movimento revolucionário ascendente.

Com a clarividência que lhe é reconhecida, ele definiu o caminho que o povo português então deveria seguir, nas célebres palavras de ordem:

Guerra do Povo à Guerra Colonial-Imperialista! Transformar a Guerra Colonial-Fascista em Guerra Civil Revolucionária! -, Liderando assim a recusa dos soldados em embarcar para as colónias, e influenciando definitivamente o fim da guerra colonial e a implantação do regime democrático após o 25 de Abril de 74.

Incansável na sua busca pela verdade, cedo encontrou no marxismo o caminho para a explicação de todos os fenómenos sociais, partindo do princípio de que, a história escrita de todas as sociedades que existiram até aos nossos dias é a história da luta de classes, como muito bem ensinaram Marx e Engels esses magníficos fundadores da doutrina que, nas mãos dos proletários organizados no seu partido de classe, há-de libertar a Humanidade das cadeias da escravidão.

Foi com este objectivo de luta, que o Camarada Arnaldo Matos viveu e trabalhou, dedicando toda a sua vida à busca do conhecimento capaz de iluminar o caminho conducente à vitória da Revolução Comunista Proletária.

Ele não se limitou à luta pela fundação e fortalecimento do Partido Comunista Proletário, cujo objectivo perseguiu desde a sua juventude até à morte! Antes olhou sempre a evolução do mundo no seu todo!

E, preocupado com os insucessos das várias revoluções, desenvolveu os estudos que conduziram à elaboração das Teses da Urgeiriça, esse magnífico documento que hoje, por todo o mundo, os marxistas reconhecem como um inestimável contributo para a explicação dos fracassos, em particular, das duas maiores revoluções ocorridas no século passado – a Grande Revolução de Outubro de1917 na Rússia, e a Revolução de Democracia Nova na China!

Mas, mais do que isso, a obra e os ensinamentos do Camarada Arnaldo Matos são também um farol no caminho para a execução das tarefas que a Revolução Comunista Mundial hoje nos incumbe, quer no campo da edificação do Partido Comunista Proletário em Portugal, quer no âmbito da unidade de todos os proletários no mundo inteiro, com vista à construção da sociedade comunista, sem classes e sem exploração.

Saibamos pois ser dignos do legado que ele nos deixou!

Honra ao Camarada Arnaldo Matos!

Viva o Partido!

 

14ABR19

                                                                                       O Comité Central do PCTP/MRPP

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