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PORTUGAL FORA DA NATO!
DISSOLUÇÃO IMEDIATA DA NATO!


Ocorreu no passado dia 4 de Abril o 70º aniversário da assinatura do Tratado do Atlântico Norte, que instituiu, no ano de 1949, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) ou, em inglês, a North Atlantic Treaty Organization (NATO).

Em Washington, na reunião do Conselho do Atlântico Norte, realizada naquele dia para assinalar o acontecimento e que foto 2 1juntou os ministros dos negócios estrangeiros dos restantes 28 países que integram actualmente a NATO (em 1949, os fundadores, entre os quais Portugal, foram 12), a administração norte-americana, através do seu secretário de estado Mike Pompeo, aproveitou para definir, perante os seus lacaios menores, o papel estratégico actual desta organização, no contexto da guerra inter-imperialista em preparação.


No final, na conferência de imprensa que se seguiu, coube primeiro ao palhaço actual secretário-geral da NATO, Jens Stolyenberg, ensaiar alguns ataques a Putin e manifestar um tímido apoio formal à Geórgia e à Ucrânia (seremos equilibrados e coordenados; não temos nenhuma intenção de deslocar mísseis nucleares para a Europa), em guerras já dadas por perdidas pelos ianques e o imperialismo germânico .

E até porque não é neste palco nem contra este adversário que os imperialistas americanos sabem que se irão verdadeiramente confrontar.

Na verdade, o seu inimigo principal, que foi agora de novo expressamente apontado por Mike Pompeo nas declarações prestadas na mesma conferência de imprensa, é evidentemente a China e a guerra será planetária, sendo que os imperialistas americanos precisam de evitar a todo o custo que os chineses prossigam a sua estratégia de ir ocupando posições na Europa, designadamente, através da Nova Rota da Seda e da penetração da nova tecnologia 5G da gigante electrónica Huawei.

A NATO foi desde o início e nunca deixou de ser o instrumento militar exclusivamente ao serviço dos interesses expansionistas, agressores e hegemónicos do imperialismo americano na disputa, até à década de 90 do século passado com o social-imperialismo revisionista soviético, pelo domínio das nações e pela exploração dos operários e trabalhadores do mundo inteiro.

Foi através desta organização e com o apoio de países imperialistas menores seus lacaios, como Portugal, que os Estados Unidos da América levaram a cabo e têm prosseguido guerras sanguinárias de agressão e ocupação de vários países e perpetraram hediondos crimes contra os respectivos povos oprimidos.

Foi com a NATO que Salazar e Caetano contaram na guerra contra os povos das colónias e foi com a deslocação de uma esquadra da NATO para Lisboa que os ianques procuraram intimidar a luta dos operários e dos comunistas do MRPP a seguir ao 25 de Abril, tendo na altura os marines americanos sido recebidos com cravos pelos social-fascistas do PCP.

Com a queda dos regimes social-imperialistas e a dissolução do Pacto de Varsóvia, congénere da Nato, deixaria de se justificar a continuação da organização militar imperialista constituída pelos americanos.

Só que a razão de ser da sua existência não se reduzia à disputa com o bloco social-imperialista pelo domínio do planeta, mas acima de tudo à repressão da luta da classe operária e dos movimentos revolucionários e proletários que em cada país e no mundo se organizavam para derrubar o capitalismo e combater o imperialismo.

Por isso mesmo, a NATO, de uma organização pretensamente de defesa dos países capitalistas do Atlântico Norte, passou a estender a sua acção agressora a outros mares e continentes, onde os interesses económicos e estratégicos dos imperialistas ianques se sintam ameaçados pela luta dos povos colonizados, agora tendo em conta a sua nova e única inimiga a nível mundial, a superpotência China.

Para o lacaio Marcelo, é isto que significa a NATO (leia-se o imperialismo americano) ter assumido uma visão a 360 graus (invasão e guerra do Iraque, Afeganistão, Síria) entendido os novos desafios do leste europeu (bombardeamento de Belgrado, guerra do Kosovo...); sabido apreender a sensibilidade a questões comerciais, energéticas (a guerra comercial com a China..) ...

Mas o presidente da República não ficou por aqui no discurso que proferiu na cerimónia militar comemorativa dos 70 anos do Tratado da Aliança Atlântica a que presidiu em Lisboa, e onde não seria de estranhar se víssemos a seu lado deputados do PCP e do BE que, como se sabe, incluíram no seu acordo para a maioria parlamentar o respeito pelos compromissos internacionais de Portugal, entre os quais União Europeia e NATO.

Para além de assumir caninamente que o povo português deve pagar ainda mais para participar nas invasões e agressões foto 1imperialistas americanas (os contribuintes portugueses estão já a ser obrigados a desembolsar anualmente cerca de 3 mil milhões de euros em despesas militares para a NATO), Marcelo chegou ainda a um descabelado despudor de achar que a NATO serve para fazer valer princípios e estratégias para um mundo mais livre, mais justo, mais aberto, mais respeitador da dignidade da pessoa e dos seus direitos – é de mais!!

Marcelo porta-se como um antipatriota e reaccionário acabado e deve ser responsabilizado, juntamente com Costa e todos os partidos parlamentares, por arrastar o país e o povo português para uma guerra mundial imperialista.

Ao contrário do que proclamou no final do seu discurso, lambendo as botas de Trump, não é o Portugal democrático (que) diz presente e pronto na Aliança Atlântica; são tão só os fascistas e lacaios menores sem vergonha que dizem presente e pronto ao servilismo mais nauseabundo a um imperialismo que tem os seus dias contados.

A classe operária, o povo português, os comunistas e todos os patriotas e democratas são pela saída de Portugal da NATO e pela dissolução desta e de qualquer outra organização militar imperialista.

O povo português nunca mais pode aceitar ser carne para canhão de mais nenhuma guerra inter-imperialista!

PORTUGAL FORA DA NATO!

REGRESSO IMEDIATO DE TODOS OS MILITARES ENVOLVIDOS EM OPERAÇÕES EM TERRITÓRIOS ESTRANGEIROS!

6ABR19 


Paulo