Partido

O Comité Central do Partido reuniu ontem, dia 25 de Fevereiro, no seguimento das cerimónias fúnebres do funeral do nosso querido camarada Arnaldo Matos, cuja morte constituiu um profundo abalo para o movimento operário, para os marxistas e para o Partido que ele fundou, tendo a este respeito adoptado as seguintes posições.

  1. O Comité Central manifestou em primeiro lugar a toda a Família do camarada Arnaldo Matos, e em particular a sua Mulher e nossa camarada Maria Cidália Guerreiro, devotada companheira nos seus últimos tempos de vida, os seus mais sinceros e profundos sentimentos de pesar e solidariedade nesta hora de dor pelo infortúnio de tamanha perda.
  2. O Comité Central saudou e agradeceu ainda às centenas de operários e trabalhadores, de jovens e mulheres, pessoas anónimas do povo, de simpatizantes do Partido e do comunismo, de diversas organizações e associações populares (uma especial referência à Associação Moinhos da Juventude da Cova da Moura), de várias personalidades políticas, da Presidência da República e do Representante da República na Região Autónoma da Madeira, da Ordem dos Advogados, que enviaram mensagens de pesar e, em particular, a todos aqueles que se deslocaram pessoalmente à sede do Partido, vindos de vários pontos de Portugal Continental e das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, para participarem no funeral e se associarem à cerimónia de evocação da personalidade e do intenso percurso político do camarada Arnaldo Matos, com um especial agradecimento ao General Ramalho Eanes e ao Dr. Vítor Ramalho por terem aceitado tomar a palavra naquela emotiva cerimónia.
  3. O desaparecimento físico do camarada Arnaldo Matos traduziu-se numa enorme e irreparável perda para a luta do proletariado revolucionário e para os comunistas portugueses e, em particular, para o Partido que ele fundou, mas também para o movimento comunista internacional, num momento em que as suas novas contribuições para a interpretação e aplicação do marxismo começaram nele a ser debatidas.
  1. Embora consciente das enormes dificuldades acrescidas em que este facto se irá traduzir, o Comité Central do PCTP/MRPP afirmou-se contudo determinado em assumir as suas responsabilidades, não virando a cara às palavras de encorajamento que lhe foram dirigidas para fazer da dor e do luto uma redobrada força para prosseguir o caminho que sempre nos foi apontado pelo camarada Arnaldo Matos de luta contra os capitalistas, imperialistas e seus lacaios, pelo derrube do sistema capitalista e pela instauração do modo de produção comunista numa sociedade sem explorados nem exploradores. 
  1. Não porfiar no cumprimento das tarefas politicas revolucionárias que ele nos havia apontado, designadamente, no que respeita ao estudo do marxismo, ao reforço da organização dos comunistas e à participação do Partido nas batalhas eleitorais deste ano e de 2020, seria atraiçoar a sua memória e renegar o seu enorme legado teórico e prático no campo do aprofundamento do marxismo e da organização da classe operária no seu Partido. 
  1. O Comité Central tudo fará para empunhar a bandeira vermelha da revolução comunista erguida pelo camarada Arnaldo Matos e continuar o combate que ele travou sem desfalecimento e até ao último sopro de vida contra os liquidacionistas e todos os traidores da classe operária, apelando a todos os militantes e simpatizantes para cerrarem fileiras e se unirem como uma rocha de granito para, todos, levarmos por diante a tarefa histórica de um verdadeiro Partido Comunista. 

HONRA AO CAMARADA ARNALDO MATOS! 

Lisboa, 25FEV19

O Comité Central