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CELEBRAÇÕES DOS 40 ANOS DA LIBERTAÇÃO DOS ANTIFASCISTAS PRESOS PELO COPCON EM 1975

Uma Grande Jornada de Luta e Unidade!
A Celebração de uma Batalha Vitoriosa Virada para as Tarefas Políticas Actuais dos Comunistas
Publicado em 19.07.2015      Actualizado em 20.07.2015 

Contando com a presença do camarada Arnaldo Matos, de vários outros militantes e simpatizantes do MRPP presos pelo Copcon em 28 de Maio de 1975, do Dr. Romeu Francês, advogado que, na altura, teve um importante e firme papel na defesa jurídica de centenas de militantes do Partido e de democratas, a celebração, ontem, dia 18 de Julho, dos 40 anos da libertação dos 432 antifascistas presos, assinalada pelo memorável comício do Campo Pequeno de 18 de Julho de 1975, constituiu uma intensa e vibrante jornada de unidade, de camaradagem e de luta.

O Rossio, local de referência de grandes manifestações e concentrações do MRPP, foi o espaço escolhido para o início das comemorações e onde se concentraram, pelas 18H30, um grande número de militantes, simpatizantes, democratas e patriotas, tendo as comemorações continuado no Hotel Mundial, onde, através de imagens documentais de grande força, associadas a depoimentos de denúncia de presos e de participantes no movimento de massas que exigia a sua libertação, foram revividos e analisados politicamente os diversos acontecimentos que marcaram o processo de enorme repressão e violência exercidas pelo COPCON, e a consequente organização da resistência e luta dirigida pelo Comité Central de dentro da prisão, sob a direcção do camarada Arnaldo Matos, as inúmeras manifestações de apoio, onde era visível a determinação de não vergar até à completa libertação de todos os presos, a qual foi assinalada no grande comício que teve lugar no Campo Pequeno, precisamente no dia 18 de Julho de 1975. Foi este espírito de grande firmeza, de coragem e determinação que levou a que todos os que assistiam à projecção do vídeo, entoassem de forma sentida a Internacional, criando um momento de grande força e emoção. Seguiram-se as intervenções dos camaradas Carlos Paisana, que relatou a sua experiência, enquanto preso em Pinheiro da Cruz e Garcia Pereira que salientou, entre outros aspectos, o papel do Comité Central, com destaque para o camarada Arnaldo Matos, que no interior da prisão dirigiu toda a luta, dentro e fora das prisões.

O advogado Romeu Francês, que acompanhou este processo na qualidade de advogado dos presos antifascistas, salientou, na sua intervenção, o facto de os militares nunca lhe terem apresentado motivos para a prisão de 432 pessoas, mostrando a sua indignação perante a tentativa de se apagar da história o que foi efectivamente uma derrota das forças reaccionárias no poder.

2015-07-18-03A sessão ficou indelevelmente marcada pela importantíssima intervenção política do Camarada, Arnaldo Matos, que salientou, desde logo, o facto de os presos terem sido presos não por serem democratas, mas sim por serem revolucionários comunistas. O Camarada vincou ainda que o factor decisivo da vitória obtida foi o da ideologia revolucionária e a luta das massas que fizeram sua essa ideologia. E chamou, também, a atenção para a importância e actualidade destas lições na situação política actual, em que a contra-revolução desfralda velas e o imperialismo germânico se prepara para deitar a mão à maior riqueza do nosso País: o nosso Mar.

A questão das pescas e das quotas impostas por Bruxelas, e que está lançar na miséria os pescadores, foi também abordada pelo Camarada os senhores sabem o que é que está a acontecer nos mares? Para o próximo ano só se podem pescar 1400 toneladas de sardinha. Evidentemente não vai ser possível, porque isto dá só dá para ir um dia à pesca. E os outros 365 dias não se pode apanhar peixe no mar. Isto num País que já perdeu 30% da sua frota artesanal, desde 1985 até hoje, e que importa 70% do peixe que consumimos, o qual é pescado nas nossas águas pelos espanhóis. Há quotas para todo o pescado, e se não cumprimos as quotas, sabem o que acontece? As nossas quotas passam a ser directamente geridas por Bruxelas- Isto não pode ser!

Na sua intervenção, o Camarada denunciou vivamente que a União Europeia, ou seja, a europa alemã é a guerra, evidenciando que desde que entrámos na União Europeia já tivemos três guerras: a guerra dos Balcãs que levou à destruição da Sérvia - foram dez anos de guerra!; a guerra que levou à destruição da Líbia; a guerra que levou à destruição da Síria; a guerra que está agora em preparação na Ucrânia com a Rússia, tudo isto são guerras preparadas pela União Europeia, não há guerras? Pois nós nunca tivemos outra coisa senão guerras desde que existe a União Europeia, e ainda não tivemos a guerra fundamental, qual é? Aquela que os senhores viram no outro dia, quando o lacaio português do PS europeu se meteu em cima das botas e foi a correr a Paris ter uma negociação com os Partidos Socialistas Europeus. Porque é que o PS francês se lembrou dos outros partidos socialistas nesta altura? A questão é simples, é que o PS francês não quer a saída da Grécia do Euro e a Alemanha quer a saída da Grécia do euro. Isto é, quer a saída da Grécia do Euro porquê? Porque já viu que não pode obter o pagamento por novos contratos, o pagamento das dívidas, que só vêm beneficiar a Alemanha, e portanto devedor morto é mandá-lo para o lixo!

Alertou também para o facto que, depois da Grécia, é Portugal que se seguirá e que todos nós devemos estar preparados para esse combate, não temendo travá-lo, como há quarenta anos atrás não tememos enfrentar e derrotar um inimigo aparentemente muito mais poderoso do que nós – o David, porque, armado de uma ideologia revolucionária, derrotou o Golias da contra-revolução.

No final do seu discurso o Camarada conclamou, impõe-se unir todos os democratas e patriotas na luta pela Liberdade, pela Democracia e pela Independência Nacional, todos os patriotas podem estar connosco e nós com eles, e para quê? Para obtermos uma força suficiente para sair do Euro, restaurar a nossa moeda, restaurar a nossa economia e não pagar um tostão aos bandidos que nos roubaram todos os dias até hoje. Eu espero que a experiencia de quarenta anos atrás encha de orgulho e de luta todos nós, pois todos nós aprendemos com isso.

O Camarada referiu finalmente que não é a mim que devem nada, é ao povo e à ideologia que, naquela altura, nós defendemos, e também no futuro não é a mim que vão ficar a dever nada, vão ficar a dever a vós próprios, à ideologia, ao comunismo, à aliança com as massas e isso é a vitória certa, não tenham medo, lutem, que vão vencer!

Viva o 18 de Julho de 1975!









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