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Partido

SESSÃO PÚBLICA EM MARVILA
A União Europeia é a Guerra!
A Alternativa é: Saída do Euro e o Não Pagamento da Dívida!
Publicado em 11.07.2015 

2015-07-09-marvila01Como aqui foi anunciado, o Partido realizou, no dia 9 de Julho, uma sessão política em Marvila, em Lisboa, mais precisamente numa popular e centenária colectividade popular, a Sociedade Musical 3 d’Agosto de 1885.

Numa sala completamente cheia e sob a direcção do camarada Luís Franco, tomaram a palavra os camaradas, Fernando Paiva, Maria Paula e Garcia Pereira.

Logo após a intervenção do camarada Garcia Pereira e no início de um vivo e interessante debate, o camarada Arnaldo Matos fez uma importante intervenção sobre a situação na Grécia, a verdadeira natureza do euro e a luta de classes na Europa, intervenção essa que a seguir editamos na íntegra em áudio.

Em poucas mas sentidas palavras, o camarada Fernando Paiva, um velho operário comunista que tem dedicado a sua vida ao trabalho nas colectividades e, em particular, à do seu bairro, onde esta sessão teve lugar, mostrou a sua convicção em que as colectividades vão voltar a ter uma enorme importância na organização dos operários e denunciou com a firmeza de quem sofre na pele o roubo as pensões de que os idosos têm sido vítimas que este governo tem tirado tudo aos trabalhadores, reformados e pensionistas (…); são uns aldrabões, uns autênticos ladrões; por isso chamo-lhe fascistas, porque eu venho do tempo da outra senhora e estes conseguem superar a outra senhora (…) sinto uma revolta enorme com estes ladrões que estão no governo!.

A camarada Maria Paula iniciou a sua participação nesta sessão, chamando a atenção para o estado de verdadeira calamidade que o País atravessa, depois de destruída que foi toda a nossa estrutura produtiva, o que assistimos hoje é a um povo que vive na miséria e no desemprego. Dedicou a seguir a uma grande parte da sua intervenção à mulher trabalhadora que continua a ser discriminada pelos capitalistas e seus lacaios no governo de traição nacional, e a ser duplamente explorada, porque para além do seu trabalho nas empresas, em que o princípio de trabalho igual salário igual é coisa que não existe, têm de prosseguir a sua labuta como donas de casa. E quanto ao “necessário e urgenteaumento da natalidade, a camarada desmascarou esta hipocrisia perguntando: Mas como, quando as mulheres que ainda estão empregadas ganham ordenados de miséria e a maioria está no desemprego?! Como, quando as mulheres não têm acesso a creches onde deixar os seus filhos; quando não lhes são concedidas horas para amamentação dos mesmos e quando, na altura em que são contratadas, são execravelmente forçadas a declarar que não engravidarão nos próximos 3 anos?!

Por último, na intervenção de fundo dos oradores da mesa, o camarada Garcia Pereira fez uma exposição muito clara e desenvolvida sobre as verdadeiras causas da crise no nosso país, cujos marcos fundamentais foram entre outros a entrada de Portugal na CEE – ou, como na altura o PCTP/MRPP foi o único a dizê-lo, a entrada da CEE em Portugal – e a entrada no Euro, qualquer delas feita nas costas do povo, sem que este tenha sido chamado a pronunciar-se democraticamente por referendo.

O camarada Garcia Pereira atacou ainda de forma muito firme a política de traição nacional levada a cabo por este governo Coelho/Portas, que, para além das medidas de austeridade impostas aos trabalhadores – roubo do trabalho, dos salários e das pensões, aumento dos despedimentos pela alteração do código do trabalho, redução das prestações sociais, designadamente o subsídio de desemprego, cortes nas despesas com serviços públicos essenciais, despedindo e lançado na miséria milhares de funcionários públicos – procedeu também à privatização de sectores estratégicos inteiros, como os da electricidade, das telecomunicações, dos transportes, entregando por tuta e meia a exploração desses sectores ao grande capital, em regra, estrangeiro, como adoptou ainda toda a espécie de medidas terroristas de privação da liberdade e democracia, como seja a colocação do Ministério Público ao serviço da extrema-direita e a atribuição às secretas de plenos poderes de perseguição sem limites dos democratas e revolucionários, neste último caso, com a colaboração e apoio do PS de Costa.

A este propósito, denunciou igualmente a aprovação por este governo, e mais uma vez com o voto do PS, da lei que institui a censura e a discriminação das candidaturas dos partidos extra-parlamentares na próxima campanha eleitoral.

No final, o camarada Garcia Pereira apelou a uma forte mobilização para que o Partido alcance uma vitória nestas eleições, consistente na eleição de uma representação parlamentar que crie condições para a formação de um governo de unidade de todas as forças democráticas e patrióticas e impeça o partido socialista de Costa de constituir um bloco central com o PSD e CDS.

Como referimos acima, o camarada Arnaldo Matos honrou-nos não apenas com a sua presença como com uma intervenção de grande alcance e profundidade, na qual exprimiu o ponto de vista marxista sobre a natureza do euro, as ambições hegemónicas da Alemanha, da nova Hitler, o caso da Grécia e a única alternativa que se impõe não só aos comunistas, mas a todos os democratas e patriotas na luta pela saída de Portugal do euro.







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