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PAÍS

Felgueiras - Os irmãos de Passos Coelho

É já do conhecimento público a profunda amizade que unia e une Passos Coelho a Relvas em todos os aspectos da vida: desde a cumplicidade em pequenas fraudes ao Estado (o caso das viagens dos deputados, etc.) e aos contribuintes, até à concepção geral do país e da política (incluindo, é claro, o aspecto “utilitário” pessoal da mesma).

Pensava-se que esta pandilha se confinava a um círculo restrito de amigos da JSD dos anos 90 que se protegiam uns aos outros e, para além da envolvente política geral onde os interesses pessoais próprios muitas vezes se confundem com os interesses colectivos da classe a que pertencem ou cujos interesses representam (o sector da burguesia vendido ao imperialismo), nada mais havia.

Afinal, não.

Em Dezembro passado, no afã de encontrar exemplos de “sucesso” nas exportações e do “milagre económico” do ministro da economia, e de ser filmado nos locais onde se estava a realizar o tal “milagre” (obtido, toda a gente sabe, à custa de um agravamento inaudito dos níveis de exploração dos trabalhadores, de fraudes no desemprego, e de muita nojeira, apesar da fugacidade e pequenez do “milagre”), veio aqui, a Penacova, Felgueiras. Muitos lhe recusaram entrada em casa. Mas houve um que lhe abriu as portas e se sentiu inchado com a visita: o senhor Guilherme da Silva Almeida, patrão da RICAP e ex-presidente da Junta de Freguesia de Penacova.

Inchado, porque recebia o seu ídolo, o seu modelo paradigmático, o seu exemplo a seguir.

Pois foi certamente na sequência do novo impulso moral proporcionado por essa visita que o patrão da RICAP, ex-presidente da junta de freguesia de Penacova, subtraindo-se às normas a que estão sujeitos os restantes fregueses de Penacova (que, quando a via pública marginada pelos muros das suas propriedades é estreita, são obrigados a recuá-los para permitir o cruzamento de viaturas no local) iniciou obras numa sua propriedade, marginada por via pública nessas condições, reconstruindo o muro sem o recuar. Tal como Passos Coelho, Relvas e pandilha, ele é “especial”, as normas são para aplicar, mas só aos outros, não a ele.

A coisa, não foi imediata, teve plano, foi “bem pensada”: um poste da EDP estava colocado no interior da propriedade numa posição que marcava o local até onde deveria recuar o muro; antes de a obra começar um novo poste colocado em substituição do primeiro foi mudado para fora do muro; depois, começou a obra. Assim, do seu ponto de vista trafulha, “cumpriu”: o poste ficou fora do muro.

Ao mesmo tempo, um pouco mais à frente, um outro morador está impedido de fazer obras no muro da sua casa, se estas não contemplarem um recuo de 2 metros do mesmo (!!).
Claro está, o Sr. Guilherme da Silva Almeida não era virgem em trafulhices desta natureza.

As actuais Instalações da própria RICAP foram construídas em sítio arqueológico onde, na altura, a construção estava proibida e onde, para os outros vizinhos, ainda agora continua proibida.

Também, enquanto presidente da junta, não se coibiu de, na “sua” última obra enquanto tal, ter mandado pavimentar um caminho que bordeja uma outra sua propriedade, o Solar dos Penedos, de forma a que o pavimento calçasse o seu muro, alicerçando-o. Tudo isso, feito depois de ter chamado a polícia municipal para impedir que um outro morador, servido pelo mesmo caminho, o melhorasse a custas do próprio (melhorado o caminho, a obra seria escusada).

Passos Coelho, Guilherme Almeida, uma verdadeira irmandade em interesses e métodos.
 


felgueiras antes da obra 01           

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