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PAÍS

Concentração Nacional de Professores Pais e Alunos em Protesto pelo Ensino Artístico - Crato e a Implosão do Ensino Artístico Especializado!

2015-02-09-protesto-artes-01No final desta manhã, concentraram-se em Lisboa, em frente ao Ministério da Educação, centenas de professores das escolas de ensino artístico, vindos de vários locais do País, acompanhados por alunos e seus pais. Os manifestantes exigiram o pagamento das verbas devidas desde Setembro às escolas do ensino artístico, situação que está a pôr em causa o decorrer normal do ano lectivo, ou seja, o sucesso destes alunos.

O protesto ganhou força e acabou por levar ao corte de trânsito na Av. 5 de Outubro, onde alguns manifestantes transportavam consigo instrumentos musicais. Houve, então, tempo para um pequeno concerto dado por uma orquestra formada por docentes e dirigida pelo maestro António Vitorino de Almeida e que certamente não foi do apreço de Crato.

Irregularidades e má organização dos processos de candidaturas ao financiamento da responsabilidade do Ministério da Educação e Ciência (MEC), que levou a atrasos nos vistos por parte do Tribunal de Contas, (TdC), e à consequente não atribuição de financiamento às escolas, geradores de atrasos no pagamento de salários de professores e funcionários (cerca de três mil), foram o mote para a revolta deste importante sector do ensino.

Ora, porque é que chegamos a esta situação? A questão é meramente técnica ou burocrática, como se quer fazer crer, ou trata-se de uma tentativa para acabar com o ensino artístico especializado, enquanto parte do ensino público e transformá-lo num ensino elitista a que só alguns terão acesso?

Estes cursos destinam-se a jovens que optam por uma formação vocacional artística (música, dança e canto gregoriano) que exige o desenvolvimento precoce de competências artísticas, o que para Crato deve ser um luxo a que nem todos devem ter acesso, já que lhes deve bastar saber contar, ler e escrever, mas apenas o básico, evitando-se, assim, pensamentos perigosos.

A incompetência de Crato conjugada com o objectivo de destruir o ensino público é cada vez mais difícil de se esconder atrás de uma qualquer pretensa teoria de educação.

Crato quer mesmo cumprir a tarefa de implodir o ensino público e, por isso, meteu os pés pelas mãos e, achou que bastava um ridículo e reaccionário pedido de desculpa ao país pelo desastroso lançamento do presente ano lectivo, marcado pelo escândalo da colocação/descolocação de professores, para continuar agarrado ao poder, tomando e impondo medidas atentatórias do desenvolvimento do conhecimento e de um ensino crítico para todos.

O MEC define o calendário escolar, supostamente conhece as regras e a legislação enquadradora do ensino artístico especializado: então como se explicam estes atrasos e as sucessivas incorreções nos processos de candidatura, apresentando-os em Dezembro, quando o ano lectivo começa em Setembro?

Só podemos chegar a uma conclusão: Crato quer acabar com o ensino artístico especializado, enquanto modalidade do ensino público.

No entanto, esta, bem como as outras lutas que se vivem no sector da educação, só poderão sair vitoriosas, se o actual governo de traição nacional Coelho/Portas for de imediato derrubado e substituído por um novo governo de Unidade Democrática e Patriótica.





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