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PAÍS

EFACEC
Os Dias da Greve

Dia 20/04

trabalhadores efacec 01

Balanço de uma Luta

Após várias greves parciais, e de sucessivas reuniões com a administração, ontem, dia 20 de Abril, os trabalhadores da Efacec reunidos em plenário decidiram aceitar a proposta negociada com a administração e que consiste no seguinte: aumentos salariais em função dos vencimentos auferidos, de acordo com os seguintes valores: 55 euros para vencimentos até 800 euros, 50 euros até 1010 euros e 25 euros para vencimentos acima de 1010 euros; pagamento único de 60 euros, em substituição dos retroactivos, e que será pago como prémio ou vale para despesas de educação de filhos.


Os trabalhadores conseguiram, ainda, recuperar alguns complementos sociais como, por exemplo, pagamento das horas extraordinárias, conforme acordo estabelecido com a Associação Portuguesa das Empresas do Sector Eléctrico e Electrónico (ANIMEE); faltas, no caso de doença, até 3 dias, 2 vezes por ano, sem necessidade de pedir baixa médica; 2 dias por mês ou 10 dias por ano para assistência ao agregado familiar e duas vezes quatro horas por mês, sem limite por ano, para consultas médicas.


O desfecho desta luta dos trabalhadores da Efacec, embora não seja uma vitória completa, tendo em conta os objectivos inicialmente propostos, veio, no entanto, demonstrar o quanto é importante que os trabalhadores se organizem nas fábricas e empresas, elegendo comissões de trabalhadores, que defendam intransigentemente os interesses dos mesmos, e que sejam destituídas, sempre que não cumpram o mandato para que foram eleitas.


Na Efacec, os trabalhadores não aceitaram os aumentos de 1,15% negociados pelo sindicato, aquando da contratação colectiva e, revoltados com a má gestão da administração e conscientes do valor do seu trabalho, iniciaram uma luta que se prolongou em greves parciais por vários meses, mantendo-se sempre firmes e unidos, nos plenários e nas concentrações realizadas junto das instalações, durante os período de greve, apesar das provocações policiais e da administração. Ao furarem o contrato colectivo, estes trabalhadores obtiveram, para os vencimentos mais baixos, aumentos 10 vezes superiores aos aceites pelo sindicato.

Agora os trabalhadores e a comissão de trabalhadores devem fazer um balanço para em lutas futuras utilizarem a experiência adquirida durante estas greves.


 

Dia 17/04


2015-04-17-efacec-01Ontem, dia 16 de Abril, e, tal como o Luta Popular Online noticiou, a comissão de trabalhadores reuniu com a administração, no sentido de chegarem à acordo quanto aos aumentos salariais e outras reivindicações no campo dos direitos adquiridos, não tendo, no entanto, encontrado consenso.

Hoje dia 17 de Abril, entre as 08h15 e as 10h15, e de acordo com o já determinado em plenário de trabalhares, estes conscientes da justeza da sua luta, realizaram mais uma greve parcial, mostrando desta forma a sua determinação em não ceder perante a obstinação da administração.

O segundo turno irá realizar entre as 17H00 e as 19H00 mais uma greve parcial.


Dia 15/04


Realizou-se hoje, a primeira greve parcial das 8H15 às 10H15, com uma concentração de centenas de trabalhadores junto à entrada principal, e em que, numa manobra intimidatória, como já vinha sendo hábito, esteve presente a força policial.

Como já referimos em notícias anteriores, os trabalhadores, entre outras denúncias acusam a administração de má gestão, nomeadamente, de ter gasto, no ano passado, com a frota automóvel 4,5 milhões de euros, denuncia essa presente numa das faixas em que se relembrava aos condutores das viaturas que tentavam entrar que estas tinham sido compradas com o dinheiro dos aumentos que têm sido negado aos operários.

 No final, realizou-se um plenário junto às instalações em que, para além das reivindicações de natureza social, foram apresentadas e discutidas as diferentes propostas de aumentos salariais.

Nesta luta, os trabalhadores devem estar unidos e não ceder às manobras da administração para criar a divisão, sendo que, amanhã, na reunião com a administração, a Comissão de Trabalhadores deve falar a uma só voz, discutindo com a administração o que foi aprovado em plenário.





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