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PAÍS

GREVE COM GRANDE ADESÃO
Enfermeiros da Região da Madeira em Luta

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Convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros da Região da Madeira (SERAM), os enfermeiros desta Região Autónoma realizaram nos passados dias 2 e 3 de Novembro uma greve que, em termos de adesão, obteve assinalável êxito.

Sem margem para ser questionado pelo Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira, E.P.E. (SESARAM, E.P.E.), o nível médio de participação na greve ultrapassou os 70%, tendo atingido, no primeiro daqueles dias, a memorável percentagem de 85%. Isto, apesar da manobra dos responsáveis do serviço regional de saúde terem contratado enfermeiros a recibo verde para substituir os grevistas.

Estes trabalhadores da saúde nos hospitais e centros de saúde da Região Autónoma da Madeira marcaram como objectivos da sua luta, entre outros, os seguintes: execução imediata da harmonização salarial entre os enfermeiros com contrato individual de trabalho e os restantes, aceite pelo Ministério da Saúde no passado dia 29 de Setembro e que entrou em vigor no dia 1 de Outubro; admissão de mais enfermeiros e melhoria das condições de trabalho, por forma a assegurar uma prestação segura e eficaz dos serviços de saúde aos cidadãos; abertura de concurso para enfermeiro principal e composição das direcções de enfermagem.

Quanto à harmonização salarial relativamente aos enfermeiros, foi-nos denunciado pelo Presidente do Sindicato, Juan Carvalho, que a Secretaria Regional da Saúde e o SESARAM, têm andado a adiar sucessivamente a aplicação do acordo imposto ao contabilista do Opus Dei pela luta tenaz dos enfermeiros a nível nacional, invocando como pretexto a falta de verbas, pretensamente devida ao prolongamento do Programa de Ajustamento Económico e Financeiro da Região Autónoma da Madeira (PAEF-RAM), Programa este cuja suspensão da respectiva execução foi uma das principais exigências feitas pelo Partido no seu Programa Politico Eleitoral, nas últimas eleições para a Assembleia Legislativa da Região.

Mas, a este propósito, o Presidente do SERAM fez questão de lembrar que os custos para pôr fim à discriminação salarial em causa não atingirão o meio milhão de euros, verba esta, no entanto, que foi ultrapassada com a renovação do contrato de leasing da frota automóvel do SESARAM (!!)

Mas, como se referiu, não é apenas esta a reivindicação dos enfermeiros do serviço regional de saúde da Madeira. Ainda mais alarmante e criminosa é a acentuada carência destes profissionais de saúde. Como denunciou ao Luta Popular Online Juan Carvalho, em 2008 havia 2 100 enfermeiros na Região e, em 31 de Dezembro de 2014, esse número era de 1480, isto é, menos 620 enfermeiros, com todas as consequências que essa redução tem estado a provocar na manifesta degradação da prestação dos serviços de saúde na Região.

Importa, ainda, referir que, em consequência da forte adesão registada nesta greve e ao ambiente de grande determinação para prosseguir e intensificar a luta, a administração do serviço regional de saúde convocou a direcção do Sindicato dos Enfermeiros para uma reunião no próximo dia 9 de Novembro.

Só com luta dura é possível levar de vencida os novos lacaios da Tróica!



 

 

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