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No 120º aniversário do nascimento de Mao Tsé-tung - O camarada Mao viverá sempre no coração dos operários e dos povos de todo o mundo

maotsetung 02Celebram-se hoje, 26 de Dezembro, cento e vinte anos sobre o nascimento do camarada Mao. Na situação política que presentemente se vive em Portugal e no mundo, são mais do que nunca importantes os ensinamentos que ele nos transmitiu e legou. Mao Tsé-tung foi um grande revolucionário marxista-leninista. À frente do Partido Comunista da China, conduziu à vitória a luta armada do povo chinês contra o imperialismo japonês e contra as classes capitalistas e semi-feudais neste país. Mao Tsé-tung e o Partido Comunista da China demonstraram que uma direcção revolucionária pode unir a esmagadora maioria do povo sob um programa político comum e pode impor a derrota da minoria de exploradores e seus lacaios, mesmo que estes tenham por trás de si todo o poder político e militar das grandes potências imperialistas. Duas máximas expressas por Mao Tsé-tung conseguem definir o que tornou possível a vitória da revolução chinesa, coroada em 1949 com a entrada em Pequim, a saber: “as massas são os verdadeiros heróis da História” e “o poder está na ponta da espingarda”.

Depois da vitória da revolução democrática e popular, Mao Tsé-tung e o Partido Comunista da China por si dirigido conseguiram defender a nova República Popular da China dos ataques conjugados do imperialismo norte-americano e do social-imperialismo que a então União Soviética passou a prosseguir depois da morte de Estaline e do XX Congresso do PCUS, em 1956. Em condições duríssimas, com uma economia extremamente frágil e cortada do mundo pelo cerco imperialista, a China resistiu e criou as bases para um desenvolvimento autónomo, equilibrado e assente numa permanente diminuição das desigualdades sociais e na progressiva erradicação da pobreza e da exploração do homem pelo homem. “Contar com as próprias forças” e “o imperialismo é um tigre de papel”, são duas das máximas maoistas que serviram de suporte ideológico a esta saga dos trabalhadores e do povo chinês.

Tendo demonstrado, pela acção e pelo exemplo, que um povo unido sob uma direcção operária pode vencer todos os seus inimigos e construir o seu próprio futuro, Mao Tsé-tung travou, na última década da sua existência, o combate mais difícil e complexo que um dirigente e um partido comunista têm de assumir na luta por uma sociedade igualitária e sem classes. Aprendendo com a trágica experiência da transformação da União Soviética num país capitalista e imperialista de fachada socialista, Mao Tsé-tung mobilizou as massas trabalhadoras e a juventude para atacar as classes exploradoras nos locais onde elas se albergam e organizam quando o socialismo e a ditadura do proletariado substituíram o capitalismo e a ditadura da burguesia, locais que ele correctamente apontou como sendo as estruturas do Estado e do próprio partido comunista no poder. Verificando que a China estava em vias de ser transformada por dentro num país capitalista, Mao Tsé-tung lançou, em 1966, a Grande Revolução Cultural Proletária, através da qual as massas foram chamadas a identificar e denunciar a ideologia burguesa mascarada de socialista e de comunista e a criticar e apear os dirigentes do Partido e do Estado empenhados na via capitalista.

Mesmo sem ter atingido todos os seus objectivos e tendo acabado por ser derrotada uma década depois de ser desencadeada, a Revolução Cultural na China forneceu aos operários e aos revolucionários de todo o mundo instrumentos teóricos e políticos de enorme importância para impedir a degenerescência do socialismo nos locais onde este for implantado e para aí garantir a vitória duradoura das classes trabalhadoras sobre as classes exploradoras, representada pela instituição de uma sociedade comunista. Cientes de que, sob o socialismo e como defendia Mao Tsé-tung, “a burguesia no poder é o social-fascismo no poder” e de que é tarefa dos comunistas e das massas “continuar a revolução sob a ditadura do proletariado”, os revolucionários e os trabalhadores mais conscientes em todo o mundo olham hoje para as derrotas das primeiras experiências socialistas como fenómenos transitórios e passíveis de ser ultrapassados e evitados no futuro.

Depois da morte de Mao Tsé-tung, em 1976, a burguesia dentro do Partido Comunista da China desencadeou um golpe de Estado, prendeu os principais dirigentes fiéis à linha revolucionária da Grande Revolução Cultural Proletária e instituiu um regime social-fascista que iniciou a transformação da China no país capitalista e imperialista que hoje é. O massacre da praça Tiananmen, em Pequim no ano de 1989, e a desenfreada exploração e repressão diariamente exercidas pelos órgãos do poder na China sobre os trabalhadores e o povo, bem como a política expansionista que a nova burguesia chinesa hoje prossegue em todo o mundo, são factos iniludíveis que provam que todo o legado teórico e político de Mao Tsé-tung foi e continua a ser activamente repudiado pelo Estado chinês e pelo chamado Partido Comunista da China. Onde esse legado está vivo e actuante é no seio da classe operária e do povo chinês, cujo combate contra os novos tiranos que os subjugam nunca deixou de ser travado e conhece actualmente momentos e episódios de particular intensidade e alcance, enfrentando a repressão impiedosa do governo e das classes capitalistas e acumulando forças para a sua inevitável vitória.

Em Portugal, o legado de Mao Tsé-tung está também vivo e actuante no seio dos operários e dos trabalhadores mais avançados e tem no PCTP/MRPP a sua única expressão no universo partidário. O PCTP/MRPP fez questão de celebrar a sua transformação de movimento em partido no dia do aniversário natalício de Mao Tsé-tung, o que aconteceu no dia 26 de Dezembro de 1976. Logo após o golpe contra-revolucionário da camarilha de Teng Hsiao-ping, o nosso Partido denunciou esse golpe e nunca mais deixou de caracterizar o regime que então foi instituído na China como uma ditadura terrorista e fascista sobre as massas e como uma ameaça aos povos de todo o mundo. É com um enorme orgulho e responsabilidade que os comunistas portugueses organizados no PCTP/MRPP assumem os ensinamentos de Mao Tsé-tung como uma componente importantíssima e insubstituível da sua ideologia e do seu programa político revolucionário. O respeito e o carinho que as massas operárias e populares nutrem pelo nosso Partido e pelos seus dirigentes são também eles, de forma implícita, uma homenagem à postura e à grandeza política de Mao Tsé-tung, a cujo exemplo nós, comunistas, procuraremos sempre manter-nos fiéis.


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