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PAÍS

Coelho e Seguro em uníssono - O povo derrubará a nova “união nacional”

o povo venceraEm vésperas da entrada em vigor do Orçamento do Estado para 2014 e do consequente novo corte em massa nos ordenados, nas pensões e nos serviços de saúde, educação e segurança social, o chefe do governo de traição nacional fez-se entrevistar por alguns meios de comunicação social para repetir até à exaustão a ladainha da inevitabilidade dos sacrifícios e para reafirmar que esses sacrifícios nunca terão fim, isto é, que depois do actual “programa de assistência financeira”, que terminará formalmente em Maio próximo, virá outro programa de igual jaez, agora designado de “cautelar” mas que, na prática, terá características muito semelhantes ao primeiro.

Mesmo contando com a cumplicidade dos entrevistadores, que o deixaram à vontade para destilar a propaganda da bondade dos sacrifícios, o fascista do Coelho sempre foi deixando fugir a boca para a verdade quando, confrontado com uma pergunta que assinalava a pobreza crescente do povo e a riqueza crescente dos grandes capitalistas, afirmou que, em situações de crise como a actual, é inevitável que isso aconteça, ou seja, quando assumiu, preto no branco, que os sacrifícios impostos ao povo trabalhador têm o propósito deliberado de roubar os seus parcos rendimentos para os transferir directamente para os bolsos e as contas bancárias dos grandes exploradores e dos seus lacaios.

Ora, a completa ausência de vergonha e a desfaçatez deste pau-mandado do imperialismo germânico e do capital financeiro só são possíveis porque ele sabe que tem no bolso o secretário-geral e a direcção do PS, cuja “oposição” ao genocídio social e fiscal representado pelo Orçamento do Estado para 2014 acabou afinal por se traduzir apenas num debate, actualmente em curso no parlamento, envolvendo o PSD, o CDS e o PS, para saber como e em quanto isentar os lucros do capital de uma parte substancial dos escassos impostos que sobre eles recaem (a chamada reforma do IRC).

Reagindo à declaração do Coelho na referida entrevista de que não faz falta a colaboração do PS para a feitura de um novo “memorando de entendimento” com a União Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional em Abril próximo, no quadro do mencionado novo “programa de assistência financeira” dito “cautelar”, o inefável Seguro, depois de se afirmar ofendido com tal declaração, não conseguiu depois ir mais além do que um patético “agarrem-me, senão eu mato-o!”, bem demonstrativo da completa identidade de posições entre o PS e o PSD/CDS no que diz respeito à sujeição do país e do povo perante os ditames da Alemanha e da banca.

Com efeito, discursando no Porto perante os seus apaniguados, o secretário-geral do PS fez de conta, primeiro, que se opunha aos cortes nos ordenados, nas pensões, na saúde e na educação, para, logo de seguida, se atirar ao seu real adversário, que denominou como “aqueles que prometem mundos e fundos” (leia-se, os que defendem uma política alternativa aos ditos cortes que ele finge combater). Com este seu discurso, o chefe do PS mostrou mais uma vez a sua face de aliado fiel do governo e da tróica na aplicação dos programas terroristas de austeridade contra o povo e revelou afinal que está disposto a assinar de cruz o novo “memorando de entendimento”, sem sequer precisar de participar no simulacro da sua negociação.

A luta popular avança à medida que os seus inimigos se unem para a combater. Coelho, Portas e Seguro representam já a nova “união nacional”, mesmo que a miríade de jornalistas e comentadores ao seu serviço apele constantemente ao “consenso” entre os partidos que chamam “do arco da governação”, para fazer crer que é dentro dessa “união nacional” que se terá de encontrar qualquer eventual alternativa ao governo actual.

Uma nova ofensiva operária e popular está já em curso, faltando apenas que lhe seja claramente apontado o objectivo central do derrube do governo de traição nacional e do seu presidente Cavaco Silva e da constituição de um governo democrático patriótico apoiado pela esmagadora maioria do povo, um governo que defenda a democracia e a independência nacional, rejeite o pagamento da dívida, rompa com o euro e a UE e aplique um programa de desenvolvimento da economia ao serviço dos trabalhadores e do povo. Está ao nosso alcance atingir aquele objectivo e todos os meios são legítimos e devem ser aplicados para o alcançar. A luta é dura, mas o povo vencerá!


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