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PAÍS

Um criado de libré

Logo após o governo aprovar o corte de 10% nas pensões de reforma e de um novo plano de despedimento em massa de funcionários públicos, o senhor Carlos Silva, secretário-geral da UGT e digno sucessor do traidor João Proença, veio afirmar, na Marinha Grande, que a sua organização tem a “sensação” de que o governo saído da última remodelação demonstra “mais sensibilidade” face aos sacrifícios dos portugueses.

Apesar de dirigir uma organização que diz representar os trabalhadores portugueses, o senhor Silva anda, como ele diz, a visitar o país numa preocupação de “maior aproximação aos problemas concretos dos trabalhadores e das suas empresas” (sic). Vindo da “sua” empresa, o Banco Espírito Santo, para servir de lacaio dos reais donos das grandes empresas, o patrão da UGT quer desesperadamente convencer os trabalhadores a darem uma folga ao governo de traição nacional Coelho/Portas, precisamente quando esse governo está a preparar medidas de uma violência extrema contra o povo e quando se está já a iniciar uma nova ofensiva popular para o seu derrubamento.

Com aquele seu ar de falsa virgem, o senhor Silva tenta fazer a única coisa que sabe, que é enganar os trabalhadores. Quando estes se puserem de novo em marcha para ajustar contas com os seus inimigos no governo, na tróica, nos locais de trabalho e em toda a parte, virá o indivíduo dizer-se desiludido com estes inimigos dos trabalhadores e seus amigos, procurando cavalgar assim a luta das massas e desviá-la dos seus objectivos.

Depois de bajular Cavaco Silva pela acção deste quando da última crise governamental e como parteiro do que diz ser o “novo” governo actual, o chefe da UGT investe por enquanto na postura de apoiante desse governo e dos seus esforços de “flexibilização das metas do défice” junto da tróica alemã, flexibilização esta que é, como se sabe, um mero expediente eleitoralista dos partidos do governo e também da direcção do PS. “Quem sabe da sua necessidade é Portugal e o seu governo”, rematou Carlos Silva na Marinha Grande, em defesa do governo “dele”.

Amanhã, quando este oportunista quiser arvorar uma imagem de “opositor” do “seu” governo, cá estarão os trabalhadores para o desmascarar. E que ele não se atreva então a insinuar sequer que haverá algum Seguro na cartola capaz de substituir o Coelho na aplicação dos programas terroristas de austeridade. No fim de contas, nos conciliábulos do Largo do Rato onde combinam estratégias, o Silva e o Seguro são como duas almas gémeas dividindo tarefas para sabotar a luta dos trabalhadores e do povo português. Uma tarefa inglória, como o futuro irá demonstrar.


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