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PAÍS

A presidente da assembleia da república e o protesto popular no parlamento

estamos a pagar debateComo é sabido, a presidente da assembleia da república nunca revelou a mínima preocupação com a destruição dos direitos dos cidadãos e com a fome e a miséria que sobre eles se abate, em consequência das leis que ela põe à votação e são aprovadas no parlamento.

Mas quando o povo manifesta com firmeza a sua revolta no próprio parlamento que ela dirige, a senhora não consegue conter-se.

É que a presidente da assembleia da república está lá é para defender a normalidade das grosseiras, provocatórias e sucessivas violações da constituição da república praticadas descaradamente pelo governo, e das medidas terroristas contra os trabalhadores que a coligação fascista no poder adopta sistematicamente no parlamento para satisfazer os apetites insaciáveis dos ocupantes da tróica.

Quando, como agora sucedeu, o povo resolve quebrar esta normalidade e irrompe neste antro que gera diariamente os instrumentos da opressão, do empobrecimento, do roubo do salário e do trabalho, a senhora presidente, apercebendo-se da inevitável subida de tom da revolta popular na casa do que tentam impingir como da sacrossanta democracia, aí, a senhora presidente deixa estilhaçar o verniz democrático que ainda ostentava e, possuída de um verdadeiro pavor, não hesita em responder aos protestos - proibidos na casa da democracia -, bramando desesperadamente que é a revolução que começa a surgir, o que, para os democratas da sua laia, se impõe evitar de forma pidesca ou reprimir mais brutalmente antes que alastre.

Para a senhora presidente da assembleia de uma república como esta em que um governo ilegítimo se pode manter no poder e legislar naquela casa contra o povo, inclusive contra os incautos e iludidos que o elegeram, aos trabalhadores, desempregados, reformados e jovens sem futuro apenas resta sofrer democraticamente em silêncio ou, quando muito, abrir a boca para pedir esmola.

Mas, ao menos, tem de reconhecer-se que a senhora presidente da república numa coisa acertou – é que, na verdade, perante um presidente da república que, como ela, dá cobertura a um governo ilegítimo e de traição nacional e se recusa a demiti-lo, os trabalhadores vão ganhando consciência de que os métodos para pôr este governo na rua têm de passar a ser revolucionários.


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