CampanhaFundos202206

IBAN PT50003502020003702663054   NIB 003502020003702663054

PAÍS

Retalhos da vida numa Capital Sequestrada: Do bairro dos Olivais vem o exemplo de uma Sociedade Filarmónica centenária!

Uma delegação da candidatura do PCTP/MRPP às eleições autárquicas na cidade de Lisboa, reuniu-se na passada 6ª feira, dia 3 de Maio, com Joaquim Silva, presidente da Sociedade Filarmónica União e Capricho Olivalense (SFUCO).

Fundada em 1886, a referida sociedade filarmónica conta na actualidade com cerca de mil associados e é responsável por uma banda de 60 elementos. Antes da destruição e desmembramento dos bairros operários e populares existentes na zona, chegou a contar com dois mil sócios.

Claro que esta sangria redundou numa significativa quebra das suas fontes de rendimento, isto é, as quotas que os elementos do povo pagavam para assegurar a sobrevivência de uma banda filarmónica popular e de um centro de convívio único.

Assim sendo, e como os poucos apoios de que beneficiam vêm fundamentalmente da Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais, o bar, tornou-se a sua principal fonte de receita, mas só factura no período nocturno, que é quando a maioria dos frequentadores da sociedade e do seu bar é composta por jovens, já que, no período da tarde a colectividade é mais frequentada por idosos com poucos recursos. Sobrevivem, ainda, à custa das quotizações e da ajuda gratuita que os associados prestam à SFUCO.

Paradigmática da situação para a qual, quer o poder central, quer o poder local, atiram estas colectividades, é o sufoco financeiro a que a SFUCO está permanentemente sujeita, com despesas mensais que, a título de exemplo, apenas para os gastos com a electricidade, representam um montante de 500 euros, a que acresce a factura, agora agravada, do IMI a rondar os 5 mil euros anuais!

Os recorrentes pedidos de apoio à Câmara Municipal de Lisboa têm sido ignorados, com o pelouro da Cultura a fazer vista grossa aos recorrentes convites para assistirem às actividades levadas a cabo pela SFUCO, não vá isso criar expectativas que não se deseja satisfazer.

O que tem valido a esta colectividade – como certamente a outras em condições idênticas - é o carinho e o apoio popular e uma direcção liderada por um jovem septuagenário, o Sr. Joaquim Silva, que não baixou os braços e, contrariando a política criminosa do executivo municipal da capital, que considera a cultura uma despesa, lançou mãos a um projecto de animação para a SFUCO, tendo levado a sua banda a gravar no estúdio de uma produtora que se dispõe a apresentar essa gravação como projecto piloto sobre bandas filarmónicas à RTP.

Casos como os desta colectividade, a Sociedade Filarmónica União Capricho Olivalense (SFUCO), são bem demonstrativos de que urge uma política democrática patriótica para resgatar a capital de um sequestro de mais de três décadas levado a cabo por sucessivos executivos camarários onde participaram, a sós ou coligados uns com os outros, todos os partidos do chamado arco parlamentar.




Partilhar

Adicionar comentário


Código de segurança
Actualizar

Está em... Home País POLÍTICA GERAL Retalhos da vida numa Capital Sequestrada: Do bairro dos Olivais vem o exemplo de uma Sociedade Filarmónica centenária!