PAÍS

Apeadeiro Aeroportuário Portela + 1 chumbado!

Não sendo irrelevante quem, finalmente, acaba por chumbar a autêntica aberração que o governo Costa/Centeno se preparava para impor, não deixa de ser interessante constatar que tal decisão coube à alegada Protecção Cívil e não aos municípios que o governo, ostensivamente atacava.
A ANEPC revela que as razões para este chumbo assentaram na constatação de existir uma “susceptibilidade elevada” de riscos de sismos, tsunamis e acidentes de aves com aeronaves. Riscos a juntar aos que foram denunciados pelo presidente da Câmara da Moita que demonstrou como milhares de moradores da Baixa da Banheira – localidade que se situa no seu concelho – iam estar à mercê, o que só vem provar a cegueira fascista de Costa face a um projecto que todos condenaram desde a sua génese.
Um ataque soez e tipicamente fascista, do tipo quero, posso e mando, que levou o governo a anunciar que se estava a preparar  para, na secretaria – isto é, nesse covil que dá pelo nome de Assembleia da República –, revogar uma lei que havia sido parida pelo governo de Sócrates, quando António Costa era ministro desse governo, uma lei que dava voto de qualidade (isto é, direito a veto) a qualquer município que se opusesse a uma obra pública projectada para o distrito em que estivesse inserido.
A arrogância manifestada por Costa e vários dos seus ministros fantoches, é certo, não se confina a este caso. Ele tem constituído um padrão de comportamento desde que o António – não o Salazar, mas o Costa – assumiu o cargo de primeiro-ministro. Julgando que tinha o rei na barriga, saiu-lhe o tiro pela culatra. E precisamente de uma estrutura – a Protecção Cívil – que na maioria dos casos em que o que está em causa é a protecção e segurança das populações, se finge de morta ou ... desaparece em combate!
Portugal precisa de um aeroporto internacional que satisfaça um novo paradigma geoestratégico para o país – o de ser placa giratória do essencial das mercadorias que entram e saiem da Europa, uma centralidade que lhe é conferida pela sua posição geográfica única. O que Portugal não precisa é de um apeadeiro aeroportuário, do tipo Portela + 1 (seja o Montijo, Alverca ou outro qualquer inventado à última da hora).
Essa solução só serve Espanha e a sua ambição de consolidar a centralidade ibérica de Madrid, remetendo os aeroportos portugueses para a condição de simples aeroportos regionais. O mesmo tipo de solução que os Miguéis de Vasconcelos de hoje se prestam, ao estarem dispostos a fazer o frete aos castelhanos quando, entre outras traições, admitem um traçado para o comboio de alta velocidade e a implantação de carris com bitola europeia no percurso que menos serve os interesses do país.

10Mar2020

LJ

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