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A Violência Policial Fascista
Publicado em 21.05.2015      Artigo da autoria de: Espártaco  

policiaatiragarrafaPara todos os efeitos, a Polícia de Segurança Pública, abreviadamente conhecida pelo acróstico PSP, é, sempre foi e há-de continuar a ser uma corporação de índole fascista, destinada a exercer a extrema violência de classe dos capitalistas e do seu Estado sobre a classe operária e as massas populares.

Para que o sistema de exploração e opressão capitalista, como é aquele em que vivemos, possa subsistir é preciso que a classe exploradora e opressora disponha de uma ditadura, ditadura que é constituída por polícias, por forças armadas, por cadeias, por tribunais e por toda a espécie de violência sobre o povo.

De vez em quando, aparecem por aí, entre os órgãos de comunicação social, uns oportunistas que acham que podem existir polícias democráticas, respeitadoras dos direitos dos cidadãos, dos pobres, dos velhos, das crianças e dos trabalhadores, fingindo esquecer que o material genético de que são feitas as polícias é o que conduz à produção da extrema violência de classe sobre os explorados e oprimidos.

Nunca ninguém viu um polícia bater ou prender um único dos muitos membros da quadrilha de gatunos da família Espírito Santo, mas já toda a gente viu a PSP, pretensamente democrática, espancar os pequenos depositantes de pequenas quantias que lhes foram roubadas aos balcões dos Bancos e das empresas do Grupo Espírito Santo.

A PSP é uma corporação de energúmenos fascistas destinada a manter pela violência o sistema de exploração e a ditadura contra-revolucionária dos gatunos da família Espírito Santo e respetivos compadres.

Vem isto a propósito da extrema violência desencadeada, na noite de Domingo para Segunda-feira, pela Polícia de Segurança Pública em Guimarães e em Lisboa, sobre jovens que ocuparam o espaço público, a que têm pleno direito, para poderem festejar o sucesso desportivo do seu clube de eleição.

Tudo começou precisamente na tarde de Domingo em Guimarães: uma dúzia de fascistas da PSP, fardados e armados, designadamente com armas de guerra, desancou à pancada, com uma violência selvagem e brutal, uma pacífica família de quatro pessoas, em que o pai e o avô, num jardim da cidade-berço, procuravam dar de beber água a dois filhos e netos, de oito e doze anos de idade.

Como verdadeiros cães, o sub-comissário Filipe Silva e os seus valentes acólitos de patifaria, caíram sobre o pai e o avô das crianças, à bastonada metálica, a soco, à joelhada e a pontapé, empurraram a criança de doze anos e sequestraram a um canto do jardim a criança de oito anos, enquanto sovavam o pai e o avô.

Como aquele episódio de valentia do grupo de cobardes do sub-comissário Silva foi filmado por uma estação de televisão, logo o valente Silva e os seus cobardes capangas encontraram, na chefia da PSP em Guimarães, um porta-voz capaz de inventar uma história que de perto ou de longe parecesse servir para justificar o injustificável: o pai das crianças teria cuspido na cara do Silva, isto sem que o porta-voz da PSP de Guimarães se tenha sequer interrogado sobre se um cobarde como o Silva terá porventura cara onde alguém, em todo o caso de mau gosto, possa cuspir.

O comandante da PSP de Guimarães teve pouca sorte na mentira que fabricou para pretender justificar a violência totalmente injustificável da conduta fascista do Silva, isto porque a agressão policial foi filmada e refilmada de perto, a menos de um metro de distância, e não se vislumbra qualquer acto censurável da parte da família vimaranense barbaramente agredida.

E as testemunhas presentes, incluindo uma advogada que acorreu a defender as crianças das brutalidades policiais, são unânimes em negar qualquer acto de desrespeito para com a polícia.

E, a propósito de respeito, convirá aqui lembrar que são os agentes da polícia quem deve respeitar o cidadãos e os direitos do cidadão, e não o cidadão que deve respeito à polícia.

A brutal e cobarde agressão dos fascistas do sub-comissário Silva chegou em tempo real aos grandes ecrãs de televisão instalados na Rotunda do Marquês de Pombal, em Lisboa, e incendiou, muito compreensivelmente, os ânimos, os corações e a inteligência das cerca de 300 mil pessoas que nessa hora vitoriavam pacificamente os seus heróis desportivos.

Os jovens cidadãos em Lisboa romperam imediatamente em defesa da pacífica família vimaranense, cobardemente espancada pelo sub-comissário Silva e sua quadrilha de energúmenos.

No meu entender, fizeram bem os jovens de Lisboa quando, em solidariedade com a família de Guimarães, começaram a vaiar e a descarregar o seu justo ódio sobre os agentes da PSP em Lisboa.

Ora, estes agentes da PSP em Lisboa, caldeados pela mesma filosofia de violência fascista da quadrilha do sub-comissário Silva, pretenderam o que nunca deviam ter pretendido: desocupar das suas 300 mil pessoas a Praça do Marquês de Pombal…

E é nesta conduta absolutamente mentecapta de, para tudo e para nada, lançar mão da conhecida violência fascista, que só por acaso a noite de Domingo para Segunda-feira não acabou numa tragédia histórica.

E se essa noite não acabou em tragédia deve-se, não à polícia, mas única e exclusivamente ao bom-senso da maioria das pessoas presentes no local, que procuraram esvaziar a praça com calma e contenção.

Da próxima vez que isto aconteça, as coisas não acabarão assim e a tragédia será absolutamente inevitável. Por culpa única e exclusiva dos métodos de acção fascista da PSP.

Porque, em vez de bom-senso e respeito pelos direitos dos cidadãos juntos no Marquês de Pombal, os agentes da PSP de Lisboa começaram a provocar, com palavras e gestos obscenos que todas as televisões filmaram, cidadãos pacíficos sobre os quais toda a noite carregaram sem qualquer justificação.
A cultura fascista do comando da PSP consiste na consabida mania de que as massas devem ser conduzidas, à pancada e pela violência, a desocupar os espaços públicos que pertencem às massas e não à polícia.

Os fascistas da PSP e a PSP fascista entendem que as praças e ruas do País pertencem à polícia, mas a verdade é que não pertencem.

As praças e ruas do País pertencem ao povo. O espaço público é o único espaço que pertence aos operários, ao povo, às massas trabalhadoras, e é o lugar privilegiado das suas actividades democráticas.

Para retirar daí o povo é preciso que o presidente da República decrete o estado-de- -sítio. A polícia, mesmo a mais fascista das polícias como o é a PSP, não tem competência para escorraçar as massas do espaço público que elas porventura decidam ocupar e obrigá-las ao recolher obrigatório.
É manifesto que os comandos da PSP devem ser afastados imediatamente, porque é absolutamente ilegal a conduta fascista que estão a pôr em prática na rua.

E, diga-se de passagem, que o actual presidente da Câmara Municipal de Lisboa teve e tem absoluta razão, quando pretendeu facultar ou ceder o espaço público do Marquês de Pombal, em segurança, às centenas de milhares de cidadãos que queriam festejar um acontecimento desportivo de relevo.
O presidente da Câmara de Lisboa, Dr. Fernando Medina, tem razão e merece apoio na medida que tomou.

Da próxima vez, recomenda-se a Fernando Medina que impeça a PSP de sair à rua, nesses dias em que o povo pretender ocupar, para usar da sua liberdade política, os espaços públicos da cidade.

Uma polícia que insulta, com palavras e gestos obscenos e lançamento de garrafas, os cidadãos não deve sair dos quartéis.

É importante que a Câmara saiba, como mostrou saber no Domingo passado, que a PSP não é dona da cidade: o povo, esse sim, é que é o dono da cidade de Lisboa!



Espártaco


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