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PAÍS

SETÚBAL
Manifestação Contra os Assassinos de Nuno Pires
Publicado em 20.04.2015 

2015-04-18-setubal-01

Neste último sábado, dia 18 de Abril, passados dois meses após o assassinato do operário Nuno Jorge Pires por bandidos da polícia, realizou-se, em Setúbal, uma manifestação com mais de uma centena de pessoas, entre as quais se contavam a mãe, o padrasto, o irmão e amigas e amigos mais próximos assim como muitos outros cidadãos democratas.

Arrancando perto do local onde foi cometido o crime, esta manifestação percorreu as principais ruas de Setúbal, parando em frente à esquadra da PSP, na avenida Luísa Todi, onde os manifestantes gritaram com grande revolta a palavra de ordem “Assassinos! Assassinos!”.

Ao longo do percurso, foram muitas as pessoas que com ela se cruzaram que, sabendo do que se tratava, expressaram a sua solidariedade e revolta.

Esta manifestação foi a primeira, desde que o Nuno Pires foi assassinado, em que participaram os seus familiares e constituiu a resposta às provocatórias declarações da polícia judiciária, com a habitual cobertura do Correio da Manhã, órgão oficioso das polícias, nas quais dirigentes daquela polícia, com total descaramento e violando de forma escandalosa o segredo de justiça, se permitiram concluir (!!), antes mesmo de ter terminado a fase do inquérito, pela desresponsabilização dos seus colegas da polícia de Setúbal.

Procurando averiguar do fundamento daquelas declarações e do estado do processo, os familiares do Nuno Jorge receberam a resposta, tanto da Judiciária como do agente do Ministério Público, de que o caso – imagine-se – estava em segredo de justiça (!!!).

Isto é – para o Ministério Público, segredo de justiça é coisa que não se aplica à Polícia Judiciária e ao próprio ministério público quando faz escorregar (ou transaccionar?) para o Correio da Manhã e quejandos as informações que lhes interessa divulgar, designadamente, no caso, para desmobilizar a revolta popular contra os crimes diários da polícia e intoxicar a opinião pública; mas, quando a Família pretende confirmar as declarações públicas dos próprios investigadores, aí já se ergue a muralha do silêncio.

E ainda há quem defenda que estamos num Estado de direito e quem mesmo hoje o festeje, por ocasião de mais uma palhaçada comemorativa das liberdades e da democracia de Abril.

De acordo com o documento lido pelos promotores da manifestação de 18 de Abril, a situação é grave, e envolve directamente todas as autoridades da cidade: da PSP à PJ, passando pela Câmara Municipal que enfiou a cabeça na areia num silêncio incompreensível. Porque não vamos deixar que uma mentira tão óbvia como esta fique para a história! Porque queremos andar nas ruas de cabeça erguida e não ter medo! Queremos isso para nós, para os nossos pais e para os nossos filhos.

O PCTP/MRPP exige a imediata demissão dos agentes da Polícia Judiciária que, neste caso, violaram publicamente o segredo de justiça, bem como a instauração de processo crime contra aqueles agentes e os do ministério público seus cúmplices.


 






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