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PAÍS

Cavaco – Um provedor do Povo apupado e vaiado pelo Povo

Cavaco bem se esforçou, na sua homília de ano novo, de proclamar com o cúmulo das hipocrisias que estava do lado dos pobres na crise que os capitalistas provocaram e de que são simultaneamente os únicos beneficiados.

Como nessa ocasião, e muito bem, foi desmascarado nas páginas deste jornal, o filho do gasolineiro de Boliqueime tentou escamotear que o governo paga aos banqueiros, entre os quais se contam os seus (de Cavaco) amigos já presos ou ainda soltos, as dívidas dos seus bancos com dinheiro pedido em nome do próprio povo e a pagar pelo próprio povo, capital e juros incluídos.

Sempre do lado do povo, Cavaco não se cansou de fustigar o governo e todos os inimigos do povo. Assim, apressou-se a promulgar o orçamento geral do estado que consagra e materializa todas as medidas mais anti-operárias, anti-populares e geradoras de fome e de miséria para quem trabalha e, mais recentemente, interveio activa e despudoradamente para que a tróica, os capitalistas e o governo vissem aprovadas na concertação social, com o apoio do PS e da UGT, um conjunto de medidas terroristas de disposição arbitrária do tempo e da vida dos trabalhadores, de redução dos seus salários e dias de descanso, da continuação do trabalho forçado e tudo o mais com que a tróica pretende continuar a humilhar os trabalhadores.

E, depois disto tudo, numa atitude provocatória e de farsante, Cavaco tem ainda o arrojo de se intitular provedor do povo, e de, ao mesmo tempo, se queixar – cuspindo nos reformados que não têm dinheiro sequer para comprar medicamentos – de a sua reforma milionária não lhe dar para pagar as despesas!

Mas se Cavaco se convenceu que conseguia enganar o povo, enganou-se.

O povo respondeu-lhe – precisamente na cidade berço da nacionalidade - quando o cobriu de apupos e o vaiou alto e bom som no decurso da cerimónia pública de abertura de Guimarães - Capital Europeia da Cultura.

Cavaco assume o que há de mais odioso nos actuais dirigentes políticos da burguesia e que é o de tentarem por todos os meios levar o povo português trabalhador a aceitar a política de traição nacional imposta pela tróica e a pagar aos banqueiros e especuladores uma dívida que não contraiu.

Cavaco nunca representou senão e apenas os capitalistas portugueses e para ele, tal como para o governo de traição nacional PSD/CDS, a Constituição deixou de constituir qualquer obstáculo à tomada e aplicação das medidas que a tróica germano-imperialista entender impor.

Cavaco não terá descanso – tal como ao governo de traição nacional que ele apadrinha, o povo, os trabalhadores portugueses não deixarão de responder com a luta para correr com eles e pela constituição de um governo de esquerda, democrático patriótico.

 

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