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INTERNACIONAL

O que a luta dos mineiros de Aragão, Leão e Astúrias demonstra é que o núcleo dirigente da revolução é a classe operária!

marcha-dos-mineiros-01focoApós uma marcha de mais de 400 kms, um numeroso grupo de operários mineiros das regiões de Aragão, Leão e Astúrias, em Espanha, chegaram à capital Madrid. Quando os trabalhadores e o povo de um país – neste caso, os povos de Espanha – se dispõe a dar uma condigna recepção a este grupo de operários que, graças à sua organização e combatividade, sem precedentes, tem conseguido alterar a seu favor a relação de forças com o governo de Mariano Rajoy que, tal como o governo Coelho/Portas, não passa de um governo de serventuários da tróica germano-imperialista, é porque reconhece que a classe operária é o núcleo dirigente da luta contra o capitalismo e contra as tentativas de o imperialismo germânico tornarem países como Espanha e Portugal, suas sub-colónias ou protectorados.

No preciso dia e momento em que os operários mineiros daquelas regiões chegavam a Madrid e eram recebidos por centenas de milhares de trabalhadores e de elementos do povo espanhol, o traidor Rajoy e o seu governo apresentavam um pacote de medidas terroristas e fascistas que visam fazer os trabalhadores e o povo pagarem uma divida que não contraíram, nem foi contraída para seu benefício. Entre outras, medidas que os trabalhadores portugueses tão bem conhecem, bem como os seus resultados: mais fome, mais miséria, maior recessão e desemprego. Face à imediata revolta contra estas medidas manifestada nas ruas pelo povo espanhol, a receita da repressão cobarde e assassina foi a do costume. Milhares de esbirros da polícia de choque, como sempre “disparando balas de borracha” para o ar, feriram dezenas de operários e elementos do povo, ao mesmo tempo que procediam a detenções e agressões que em tudo fizeram recordar os tempos do regime fascista de Franco.

Mas, o que os operários mineiros de Espanha vierem demonstrar, sem qualquer margem para dúvidas, é que a luta é dura e prolongada, a luta não se compadece com o pacifismo oportunista, derrotista e desmobilizador que muitos sindicatos, partidos que se reclamam da esquerda e plataformas cidadãs, recorrentemente defendem com vista a derrotar o movimento operário e popular que se agiganta. O que estes operários vieram claramente dizer a Madrid, à sede do poder burguês e capitalista em Espanha, é que estão ali porque não têm medo do poder que os subjuga, estão ali porque estão dispostos, em unidade com os seus irmãos camponeses, com todos os trabalhadores espanhóis e com todos os povos de Espanha, a derrubar esse governo.

O que os trabalhadores e o povo de Madrid, e de toda a Espanha, reconheceram nestes operários mineiros foi que é a classe operária o núcleo dirigente de todas as lutas do trabalho contra o capital, porque é a única classe que, por nada ter a perder…NADA TEME!

O facto de toda a "comunicação social" , em Espanha ou em Portugal, na Itália ou na Grécia, abafar tudo o que sejam notícias sobre lutas dos operários e dos trabalhadores, não quer dizer que elas não estejam a ocorrer.

O facto de alguns oportunistas que se reclamam de esquerda pouco ou nada divulgarem sobre elas, ou quando lhes fazem menção, fazem-no para tentar manipulá-las e dar-lhe um sentido completamente diferente daquele que motivou a luta e a combatividade que esses operários e outros trabalhadores lhe imprimiram, não quer dizer que elas não se estejam a constituir como riachos de uma crescente contestação que há-de confluir no grande rio da revolta popular que levará ao derrube dos governos vende pátrias de todos os países europeus que estão a aceitar os ditames da tróica germano-imperialista que os pretende subjugar, luta que levará a constituir o governo que melhor se adeque aos interesses dos operários, dos trabalhadores e dos povos de cada país.

Tal como cá, as direcções de algumas organizações políticas e sindicais que, reclamando-se embora como defensoras dos interesses de quem trabalha, e enchendo a boca com o seu "internacionalismo", ainda esta quarta-feira, quando os operários mineiros se batiam contra a polícia em frente ao Ministério da Indústria e demonstravam que estavam dispostos, com a solidariedade de dezenas de milhar de trabalhadores e elementos do povo espanhol, em continuar a sua luta em Madrid, acabaram por convencer os mineiros em greve a regressar às suas terras, sem que estes não deixassem o aviso de que voltariam à capital do poder opressor quantas vezes fossem necessárias.

Os operários mineiros e a classe operária de Espanha podem contar com a total solidariedade dos trabalhadores portugueses e estamos certos de que, seja qual for o local em que se encontrarem, estes operários, unidos aos restantes trabalhadores e ao povo em geral, continuarão a OUSAR LUTAR e, seguramente, OUSARÃO VENCER!


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