Opinião

PARTIDO ENTREGA LISTA DE CANDIDATOS PARA O PARLAMENTO EUROPEU

PARTIDO ENTREGA LISTA DE CANDIDATOS PARA O PARLAMENTO EUROPEU

Uma delegação da candidatura do Partido às próximas eleições europeias entregou hoje na secretaria do Tribunal Constitucional a FOTO 2lista de candidatos àquele sufrágio do próximo dia 26 de Maio, lista essa composta por 17 homens e 12 mulheres.

A delegação foi presidida pelo cabeça de lista, o camarada Luís Júdice, acompanhado por vários candidatos, entre os quais alguns membros do Comité Central do Partido e o candidato independente, Dr. José Preto.

Depois de formalizada a entrega do processo da candidatura, o camarada Luís Júdice prestou declarações à imprensa, em que divulgou como sendo os principais pontos programáticos da candidatura do PCTP/MRPP a saída do Euro e da União Europeia, bem como o não pagamento da dívida.

Ao contrário dos partidos ditos de esquerda PCP e BE que, no início da actual legislatura, aceitaram não pôr em causa os compromissos internacionais do governo reaccionário do PS, designadamente, em relação à União Europeia e à Nato, a candidatura do Partido assume clara e inequivocamente que Portugal deve sair urgentemente do Euro e da União Europeia.

E isto desde logo porque, 20 anos após a instituição do Euro pelo Tratado de Maastricht e a adesão de Portugal à moeda única, o nosso país viu a sua riqueza reduzida em 424 mil milhões de euros (!!!) e, só no ano de 2017, por efeito da permanência naquela zona, o PIB nacional sofreu uma depreciação de 56 mil milhões de euros, ao mesmo tempo que o PIB da Alemanha registou em 2017 um aumento de 280 mil milhões de euros e nas duas décadas que leva de hegemonia nesta zona a sua riqueza, por virtude dela, cifrou-se num aumento de 1.893 mil milhões de euros (!!).

Por outro lado, simultaneamente, os portugueses continuam a ser obrigados a pagar uma dívida externa impagável que não parou de crescer, atingindo hoje em 251 mil e 100 milhões de euros em termos nominais, e a dívida total (de empresas e famílias) 293% do PIB, no 3º trimestre de 2018.

Como também bem denunciou o camarada Luís Júdice, a saída da Tróica e a continuação da submissão da nossa economia aos ditames de Bruxelas e Berlim, agora sob a governação de António Costa, é a responsável pela existência de cerca de meio milhão de trabalhadores no limiar da pobreza, por um aumento brutal de precários e por estarem hoje 32% dos desempregados sem receber qualquer subsídio, para além de os portugueses terem visto o seu poder de compra regredir aos níveis de 2009.

Já no que se refere à União Europeia, ninguém hoje ousa desmentir que com a adesão à CEE, a assinatura do Tratado de Maastricht, do Tratado Orçamental e da União Bancária, Portugal perdeu a sua soberania em todos os campos – político, económico, orçamental, cambial, política externa, pelo que, só os traidores e lacaios podem continuar a defender uma tal política de submissão aos interesses hegemónicos do imperialismo germânico.

A este respeito, o camarada Luís Júdice frisou que um dos propósitos da candidatura do PCTP/MRPP será o de desmistificar a chantagem da opção “ou a União Europeia, ou o caos”, salientando que há muitas outras alternativas e que Portugal reúne condições estratégicas privilegiadas para estabelecer relações com todas as nações do mundo, na base da reciprocidade, do respeito mútuo e do reconhecimento da soberania e independência de cada uma delas, sem estar dependente da política externa ditada pela Alemanha, França ou Espanha.

Mas também aqui fez questão de sublinhar que a candidatura se propõe promover relações internacionalistas com a classe operária e os povos europeus na luta comum contra o imperialismo europeu. 

Finalmente, o cabeça de lista do Partido fez questão de denunciar e repudiar, em nome da candidatura do PCTP/MRPP, a manobra em curso nestas eleições, de que é cúmplice o presidente da República, de restringir o debate eleitoral apenas aos partidos que defendem a permanência de Portugal na União Europeia e, consequentemente, a sujeição do País aos ditames do imperialismo germânico, discriminando e censurando todos os que se opõem e combatem essa política.

03ABR19