CULTURA

Camarada Leonel Coelho apresenta novo livro em Alhos Vedros

Camarada Leonel Coelho
apresenta novo livro em Alhos Vedros

SeteFolegos3É no Espaço “FAVO”(o edifício da “Fábrica de Artes Visuais e Ofícios” situa-se no antigo Mercado Municipal, na Rua D. Afonso de Albuquerque), em Alhos Vedros, que na próxima sexta-feira, 27 de Dezembro, a partir das 21 horas, se realiza a apresentação do novo livro do camarada Leonel Coelho, que tem o título de Sete Fôlegos, um evento cuja relevância importa sublinhar. É um dia especial, em que o autor celebra o seu 86.º aniversário; e, diz o calendário, imediatamente após a data em que comemoramos as históricas “efemérides” do Congresso fundacional do PCTP e, ao mesmo tempo, do próprio nascimento de Mao Tsé-tung.

Para além do autor, vão participar na sessão de lançamento o dr. Luís Sampaio, ilustre prefaciador da obra, e muitos outros amigos (inclusive, alguns elementos das novas gerações de leitores), que cultivam o gosto pelas actividades literárias e, em particular, pelo percurso criador de Leonel Coelho, cuja originalidade vai muito além da matriz poética e podemos apreciar nos seus diversos trabalhos, como, entre outros volumes incontornáveis, Um Olhar sobre Alhos Vedros, Com Todos Aprendi, Janelas de Cave, Com Duas Gotas de Água, Marcas nos Chãos, De Mão Dada e Um Panteão para a Poesia. Nestas noites frias, não há melhor “receita” do que a dimensão afectiva e solidária das artes (e, em especial, da poesia e da música) para aquecer o coração dos oprimidos!

Devo confessar que regresso muitas vezes à leitura dos textos, humaníssimos, de Leonel Coelho, que muitos leitores do LUTA POPULAR Online já conhecem. Neste contexto, merece referência oportuna um dos seus poemas emblemáticos, A Poesia é… Spartacus, que nos remete, de imediato, para o universo sublime de Jorge de Sena (nascido há cem anos), de acordo com o qual, nunca o Mundo seria transformado sem a poesia, e para as palavras, sempre marcantes e inspiradoras, de Arnaldo Matos:“(…) Os poetas vêem mais além do que o que dizem, e o que dizem pode ser interpretado ainda mais além” [in, entrevista, mais actual e pertinente do que nunca, concedida pelo saudoso camarada à Visão, de 28/10/1999].

A isto, que é tanto, acresce o longo e permanente esforço do cidadão activo, enquanto dirigente que pratica o associativismo com afecto e perspectivas de futuro (cabe lembrar, apenas a título de exemplo, o êxito das 48 edições da Feira do Livro, sob a égide da dinâmica Academia de Alhos Vedros, e as próprias iniciativas em defesa da dignificação da memória de “Zeca” Afonso, que foi, para além de tudo o mais, um amigo solidário de Leonel Coelho, nos tempos sombrios da resistência antifascista); e, sobretudo, o contributo fundamental da intervenção política do nosso respeitado camarada, cuja fidelidade ao Partido e à filosofia marxista está sempre presente.

Fernando Firmino